Paim diz que proposta da Fiesp para acabar com direitos trabalhistas é "brincadeira de mau gosto"



-Uma brincadeira de mau gosto que pode ser encarada como uma provocação-, foi como o senador Paulo Paim (PT-RS), 1º vice-presidente do Senado, classificou o documento do Grupo 9 da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no qual a entidade exige o fim dos principais direitos trabalhistas, entre os quais o pagamento do descanso semanal remunerado aos domingos e feriados.

Na proposta, entregue à Força Sindical, conforme frisou Paim, os empresários pedem também a redução do adicional noturno de 35% para 20%, suspensão temporária do contrato de trabalho, revisão dos acordos para repor a inflação e o parcelamento do pagamento de férias, inclusive o abono de um terço desse benefício.

Para o senador, a proposta da Fiesp é uma cópia fiel do projeto de reforma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) feita pelo governo passado, que tentou restringir os direitos trabalhistas e cuja tramitação, observou, foi recentemente suspensa no Senado, depois de ter sido aprovado na Câmara dos Deputados. Em face disso, notou Paim, os empresários voltam agora a pregar abertamente a revogação de dispositivos da CLT, como se fossem a fonte de todo o mal da economia.

Os empresários, segundo informou o senador, argumentam que as medidas teriam caráter temporário, até que as vendas voltassem a crescer, com a conseqüente baixa dos juros. Mas indagou:

- Quem garante data de encerramento em nosso país para medidas de caráter temporário ou provisório? A CPMF está aí, transformada de imposto provisório a permanente para conformar nossa suspeita - disse.



13/06/2003

Agência Senado


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