Paim: professor passou do sonho ao pesadelo
O senador Paulo Paim (PT-RS) fez, nesta quarta-feira (15), uma homenagem ao Dia do Professor, lembrando a dura realidade vivida pelos profissionais da educação. Conforme o senador, embora muito se fale sobre a importância dos professores, ainda há bastante resistência ou indiferença à valorização dos mestres.
Paim lamentou, por exemplo, que os educadores estejam expostos a problemas como a violência, incluindo agressões cometidas por alunos. Atos concretos e ameaças têm levado inúmeros professores a se afastarem das salas de aula.
- No tempo em que eu freqüentava a escola, o professor era respeitado. Não sei como chegamos a esse nível de desrespeito. Não entendo como um aluno pode apontar o dedo no rosto de um professor, pode esfaqueá-lo, esbofeteá-lo, humilhá-lo - protestou Paim. Ele acrescentou que a profissão "passou de sonho a pesadelo".
Entre outros problemas, o parlamentar mencionou o excesso de alunos por turma. Os professores vivem igualmente o drama da falta de qualificação, segundo foi apontado por 85% dos municípios consultados em pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2006.
A despeito das carências, o senador chamou a atenção para os esforços que o governo federal tem feito para melhorar a qualidade do ensino. A proposta orçamentária para 2009, por exemplo, de acordo com ele, embute um aumento de 17,1% nos gastos com educação.
O Congresso Nacional também tem tomado decisões em favor dos professores. Paim mencionou com ênfase a aprovação da Lei 11.738, de 2008, que estabeleceu o piso de R$ 950,00 para a jornada de até 40 horas semanais.
15/10/2008
Agência Senado
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