Paim: Rio Grande do Sul reconhece dívida com a Varig



Seguindo o exemplo do Rio de Janeiro, o governo do Rio Grande do Sul anunciou que deverá enviar à Varig carta de reconhecimento de dívidas relativas a recolhimento a maior do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). O anúncio foi feito pelo senador Paulo Paim (PT-RS) após o término da audiência reservada da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), ocorrida nesta terça-feira (30).

O benefício do governo gaúcho foi concedido graças à ação de parlamentares do grupo de trabalho criado pela CI para discutir soluções para a crise financeira da Varig. O valor total do crédito da Varig junto aos estados, de R$ 1,3 bilhão, se pago à empresa, poderia viabilizar um empréstimo emergencial junto a bancos oficiais. Os recursos seriam utilizados para quitar dívida com empresas norte-americanas que alugam parte das aeronaves atualmente utilizadas pela Varig.

Além desse resultado, Paim anunciou ainda que a subcomissão da Varig deverá marcar audiência com aministra da Casa Civil, Dilma Rousself, para tratar do encontro de contas da empresa e do governo.

- Existe dívida da Varig com a União, mas existe também dívida maior da União com a Varig. E se a ministra concordar com o encontro, pode ser que a Varig tenha a receber algo em torno de R$ 1 bilhão - disse Paim.

O grupo deverá se reunir novamente, nesta quarta-feira (31), para analisar detalhadamente o edital que define as condições para o leilão da companhia aérea, marcado para a próxima semana.

O diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Sérgio Silveira Zuanazzi, reclamou, após o término da reunião, do prazo exíguo entre a publicação do edital e a realização do leilão. Ele informou que a decisão, tomada em conjunto pelo juizresponsável pela reestruturação da Varig e pela Anac, foi necessária devido a problemas de fluxo de caixa da empresa.

O coordenador do Grupo de Trabalhadores da Varig (TGV), comandante Márcio Marsillac, informou que o pequeno prazo impossibilitará a TGN de participar da arrematação.

-Temos condições de arregimentar cem milhões de dólares vindos de trabalhadores para participar desse leilão. Poderíamos entrar com cem milhões de dólares dentro do preço mínimo. Mas temos que ter tempo para arregimentar tudo isso - disse Marsillac.

30/05/2006

Agência Senado


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