Paim volta a defender fim do voto secreto no Congresso



O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, nesta quarta-feira (13), em Plenário, o fim do voto parlamentar secreto. O senador afirmou que o fim do voto secreto no âmbito do Poder Legislativo será bom para todos, já que cada parlamentar assumirá a responsabilidade do próprio voto.

- Acabar com o voto secreto é bom para todos. E cada um assume a responsabilidade de seu voto, de ser criticado, de ser elogiado, de dizer que poderia ter mudado de opinião. Se foi certo, se foi errado, se não deveria ter votado, explique à população, como nós temos feito – disse Paim, autor de proposta de emenda constitucional sobre o tema (PEC 50/2006).

Paim lembrou que em seus 26 anos de atuação parlamentar nunca viu um veto presidencial ser derrubado e atribuiu isso ao voto secreto. Ele ressaltou a importância de serem derrubados os vetos do fator previdenciário e do projeto que garantiu reajuste de 14,7% para aposentados e pensionistas.

- Eu faço, mais uma vez, um apelo às redes sociais, que são tão operantes. Que elas façam uma longa campanha para acabar com o voto secreto em todas as instâncias do Parlamento – destacou.

Renúncia do Papa

Paulo Paim afirmou que a decisão do Papa Bento XVI de renunciar o cargo foi um gesto nobre e de muita coragem. Ele disse que somente os grandes líderes têm a capacidade de tomar tal decisão e ressaltou que o gesto mostra o compromisso de Bento XVI com a população mundial, já que ele soube respeitar os próprios limites em prol do bem coletivo.

- Quando um cidadão chega ao entendimento que, em um contexto geral, devido à idade, às condições físicas e à saúde, não está mais em condições de produzir tudo aquilo que gostaria para a humanidade e toma uma decisão como essa, merece as nossas palmas – destacou.

O senador ainda lembrou que nesta quarta-feira (13) se inicia a Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa e termina na Quinta-feira Santa. Ele afirmou que o período é ideal para as pessoas refletirem em busca de um país solidário e igualitário.

- Não quero que ninguém pense exatamente igual; mas que pensemos somente no bem comum da humanidade. Que pensemos no meio ambiente. Que pensemos na visão de cada homem, de cada mulher. Que pensemos nas crianças, nas mulheres, nos deficientes – ressaltou.



13/02/2013

Agência Senado


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