Paulo Paim pede fim do voto secreto



Dois temas predominaram no pronunciamento do senador Paulo Paim (PT-RS) nesta sexta-feira (30) em Plenário: a decisão da Câmara dos Deputados de não cassar o mandato de Natan Donadon  e a necessidade de maior regulação dos planos de saúde.

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Da tribuna, o parlamentar ainda homenageou a judoca brasileira Rafaela Silva, medalha de ouro no mundial da modalidade e comemorou os 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Voto aberto

Sobre Donadon, Paulo Paim  afirmou que a votação imediata da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 20/2013, de sua autoria, que prevê a adoção de voto aberto para todas as decisões do Congresso Nacional  ajudaria a evitar situações constrangedoras para o Senado e a Câmara como a manutenção do mandato de  um parlamentar condenado em última instância.

– O voto secreto é que permite esse tipo de barbaridade. Como é que nós não temos coragem de acabar de uma vez pro todas com o voto secreto? – questionou.

Planos de Saúde

Outro tema que mereceu atenção do senador nesta sexta-feira (30) foi a insatisfação dos usuários do sistema de saúde suplementar com os serviços dos planos de saúde privados. Só este ano, foram registradas 46 mil reclamações contra os planos de saúde na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Os principais problemas enfrentados pelos beneficiários são, conforme registrou Paim, falta de cobertura do plano, o não cumprimento de contratos e reajuste de preço.

– A única coisa que aumenta mais do que o preço dos planos são as reclamações dos usuários – criticou o senador, que apontou também problemas nas relações entre as operadoras  e os prestadores de serviços como baixos honorários e interferência em diagnósticos e tratamentos.

Paim observou que pelo menos 20 projetos de lei que tratam da regulação do setor tramitam no Senado. O senador defende a realização de uma sessão temática para discutir  essas proposições.

Racismo

Paim apresentou um requerimento de voto de aplauso para a judoca Rafaela Silva, que tornou-se a primeira brasileira campeã mundial da modalidade, ao aplicar um ippon sobre a americana Marti Mallori na final da categoria até 57 kg realizada na última quarta-feira (28) no Rio de Janeiro. Paim disse que além de superar a adversária, a carioca de 21 anos teve também que enfrentar o preconceito para vencer no esporte. A atleta teria afirmado em entrevista que foi discriminada em vários momentos da carreira pela cor de sua pele.

– Rafaela deu uma resposta no mais alto nível ao beijar a medalha e mostrar a cor da sua pele negra. Não há espaço no mundo mais para preconceito – disse Paim.

CUT

No mesmo pronunciamento, o petista  saudou a realização (de 24 de agosto até 1º de setembro) da Expointer 2013, feira de agronegócio realizada no município de Esteio (RS), região metropolitana de Porto Alegre e parabenizou a Central Central Única dos Trabalhadores (CUT) por seus 30 anos de fundação, celebrados no último dia 28. Paim integrou a primeira direção da CUT.



30/08/2013

Agência Senado


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