Panamá oferece boas oportunidades a empresas brasileiras, diz embaixador



O Panamá deverá oferecer "expressivas" oportunidades de negócios para empresas de construção civil, previu nesta quinta-feira (21) o ministro de segunda classe Eduardo Prisco Paraíso Ramos, cuja indicação para a embaixada brasileira naquele país recebeu parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Entre os principais projetos para os próximos anos, adiantou, estão a ampliação do Canal do Panamá e a construção de um megaporto na costa pacífica.

As obras de ampliação do canal, que permite o trânsito de navios entre os Oceanos Atlântico e Pacífico, deverão duplicar a sua atual capacidade e permitir a passagem de maiores embarcações. Estão previstos investimentos de aproximadamente US$ 5,2 bilhões, o que atraiu o interesse de quatro empresas brasileiras, segundo o embaixador indicado.

- Os panamenhos já chegaram a um consenso de que o país deverá se converter em uma plataforma logística e de serviços para o comércio internacional - disse Prisco Ramos, cuja indicação teve como relator o senador Mão Santa (PMDB-PI).

Ainda de acordo com o diplomata, o Panamá tem atraído aposentados dos Estados Unidos e da Europa, que ali fixam residência. O país tem experimentado um boom imobiliário e crescido a uma média de 8% ao ano. No momento em que completam 100 anos de relacionamento, recordou, Brasil e Panamá têm como um dos principais temas da agenda de cooperação a área de produção de etanol.

Paquistão

Também recebeu favorável durante a reunião, que foi presidida pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), a indicação do ministro de segunda classe Carlos Eduardo Sette Câmara da Fonseca Costa para o cargo de embaixador brasileiro no Paquistão. A mensagem contendo a sua indicação teve como relator o senador Augusto Botelho (PT-RR).

Segundo Sette Câmara, as relações entre o Brasil e o Paquistão são "sólidas". O comércio bilateral teve forte crescimento entre 2002 e 2006, quando saltou de US$ 27,3 milhões para US$ 193,7 milhões. O item mais importante da pauta de exportações brasileiras é o algodão, que abastece a indústria têxtil paquistanesa. As importações brasileiras do Paquistão limitaram-se a US$ 29,7 milhões no ano passado, com ênfase em produtos esportivos e equipamentos cirúrgicos.

O embaixador indicado alertou para o quadro de instabilidade política do país, depois que o presidente da Corte Suprema foi suspenso há dois meses pelo presidente da República, general Pervez Musharraf, por haver decidido que o general não poderia acumular a presidência com a chefia do Exército. Desde então, informou, mais de 500 pessoas morreram em conflitos de rua.



21/06/2007

Agência Senado


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