Papaléo critica decisão de distribuir preservativos em escolas



O senador Papaléo Paes (PMDB-AP) criticou nesta terça-feira (19) a decisão do Ministério da Saúde de combater a disseminação da Aids distribuindo preservativos a alunos do ensino fundamental e médio. Para ele, a iniciativa poderá fomentar a sexualidade precoce das crianças e adolescentes e até contribuir para aumentar a prostituição no país.

Papaléo propôs que sejam ouvidos setores da sociedade como grupos religiosos, organizações de pais e mestres e até médicos especializados em atendimento a crianças e adolescentes.

O senador manifestou sua surpresa com o fato de o ministro da Saúde, Humberto Costa, ter afirmado que 235 milhões de preservativos poderão ser distribuídos até nas cantinas das escolas a 2,5 milhões de estudantes em todo o país, conforme programa sob responsabilidade dos ministérios da Saúde e da Educação e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O programa está previsto para durar alguns anos e Papaléo indaga o que terá acontecido às crianças e adolescentes alcançadas pela iniciativa, quando o programa acabar.

Segundo Papaléo, por trás dessa aparente inovação na política pública do setor das doenças sexualmente transmissíveis, existe inconseqüência e perigo de causar resultados irreparáveis aos jovens e à sociedade brasileira, bem como conseqüências funestas para o equilíbrio das famílias.



19/08/2003

Agência Senado


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