Papaléo diz que país precisa de menos impostos e mais investimentos em infra-estrutura
Ao discursar em Plenário nesta segunda-feira (12), o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal não vai conseguir, sozinho, o desenvolvimento econômico que o país precisa. Na interpretação do senador, o Brasil só crescerá satisfatória e sustentavelmente se forem promovidos a diminuição de impostos para investimentos produtivos e o aumento dos investimentos públicos e privados na recuperação e fortalecimento da infra-estrutura nacional, principalmente nos setores de transportes e geração de energia.
Da tribuna, Papaléo disse que os investimentos na infra-estrutura do país são essenciais, mas só serão suficientes caso o poder público atraia também investimentos privados. Para o senador, dois pontos chaves podem alavancar o desenvolvimento brasileiro: a desoneração dos investimentos produtivos, como aquisição de equipamentos, máquinas e outros bens de capital, e os incentivos e as parcerias destinadas a revitalizar e fortalecer a infra-estrutura nacional, como estradas, portos, geração de energia e telecomunicações.
Papaléo colocou em dúvida a capacidade do PAC de ser um instrumento adequado para o desenvolvimento sustentável do país. Na opinião dele, as perspectivas de desoneração fiscal presentes no PAC "são modestas", além do programa não trazer iniciativas suficientes para garantir a geração de empregos e renda e a reversão do "atraso social" do Brasil. O senador avaliou que o Senado Federal terá papel decisivo para transmutar o PAC em uma "iniciativa realmente transformadora da realidade".
- A necessidade do crescimento econômico é consenso. É preciso, entretanto, articular os meios e os instrumentos que permitam traçar estratégias e ações à altura desse consenso, sob o risco de deixar perder mais uma vez a chance histórica. É chegada a hora de estabelecer as condições perenes para o desenvolvimento econômico e, por essa via, as pré-condições para o desenvolvimento social - concluiu Papaléo.
12/02/2007
Agência Senado
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