Garibaldi quer mais investimentos em infra-estrutura, educação e tecnologia
Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (22) o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) sugeriu que o Brasil precisa investir mais em infra-estrutura, educação e tecnologia, da mesma maneira que fazem outros países emergentes que vêm conseguindo alcançar bons índices de crescimento, como Coréia do Sul, Índia e Chile.
O senador destacou que esses países também possuem deficiências em infra-estrutura, carências educacionais e altos percentuais de analfabetismo, mas que demonstraram ser possível construir um caminho de crescimento econômico graças ao investimento maciço nessas áreas.
O senador destacou que a Coréia do Sul vem investindo em educação, tecnologia e na abertura de economia e hoje é considerada um país desenvolvido. Disse ainda acreditar que o Brasil está longe de um desempenho razoável no campo da educação, como ocorreu no Chile. Naquele país, informou, a média de tempo de estudo da população é de 9 anos e a taxa de analfabetismo fica em 3,5%. No Brasil, a média de estudos é de6,4 anos e a taxa de analfabetismo fica em 11%.
- Preocupa-nos mais ainda a taxa de analfabetismo funcional da população brasileira, que se encontra em torno de 75% - destacou Garibaldi.
O senador chamou atenção ainda para o caso da Índia, que vem conseguindo taxas de desenvolvimento econômico "impensáveis para o Brasil", em uma trajetória consistente de evolução do Produto Interno Bruto (PIB), que leva o país a diminuir sensivelmente sua miséria. Isso tudo, lembrou o parlamentar, em um país obrigado a lidar com graves problemas sociais, étnicos e religiosos, e que tem 18 línguas oficiais e mais de 2 mil dialetos.
No mesmo discurso, Garibaldi pediu que o governo federal pague ainda este mês, como prometeu, salários e benefícios atrasados aos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, conforme determina medida provisória editada no último dia 30 de maio. O senador afirmou que os professores têm sido "castigados por salários insuficientes" e disse esperar que a matéria seja tratada com urgência para se pôr fim à situação de penúria "a que são delegados tantos professores vítimas da distorção salarial crônica".22/06/2006
Agência Senado
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