Papaléo Paes defende mais investimentos para o cinema nacional
A recente indicação do filme Cidade de Deus para quatro categorias do Oscar levou o senador Papaléo Paes (PMDB-AP) a defender a ampliação das fontes de financiamento do cinema brasileiro. Se a produção cinematográfica nacional passar a ser incentivada como um setor estratégico da economia, haverá crescimento do volume de investimentos já em 2004, apostou o parlamentar. No ano passado, 22 milhões de espectadores prestigiaram os filmes nacionais, que receberam recursos estimados em R$ 120 milhões.
Segundo informou, hoje a indústria do audiovisual é alimentada por investimentos diretos, a maior parte oriunda de empresas públicas e do Ministério da Cultura, e pela política de isenção fiscal (Lei Rouanet). Ao lado da manutenção dessas fontes, Papaléo reivindica inversões de outras instituições financeiras e de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinadas não só à produção, mas à construção e revitalização de salas de projeção.
Além dos recursos gerados pelo Ministério da Cultura e pela Lei Rouanet, o senador pelo Amapá disse esperar que este ano sejam efetivados os Funcines, fundos de investimentos específicos para cinema regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- À semelhança de outros fundos de investimento, devem captar recursos de investidores no mercado e aplicá-los em projetos aprovados pela Ancine [Agência Nacional de Cinema] para construção ou reforma de salas de exibição, produção e distribuição de audiovisuais - explicou.
Enquanto aguarda sucesso de público para filmes brasileiros com lançamento anunciado para 2004, como Olga, de Jayme Monjardim, e O Coronel e o Lobisomem, de Guel Arraes, Papaléo Paes disse que não se pode deixar de buscar novos financiamentos para a indústria cinematográfica nacional. "O importante é continuar investindo para garantir maior assistência para os filmes brasileiros", declarou.
05/03/2004
Agência Senado
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