Papaléo reclama das precárias condições das estradas brasileiras
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) chamou a atenção do governo, nesta terça-feira (25), para a precariedade das estradas brasileiras, em especial as do estado do Amapá, que sofrem com a ação de assaltantes. Papaléo informou que auditoria recente do Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou as más condições das rodovias, como a falta de sinalização adequada, equipamentos e estrutura da Polícia Rodoviária Federal.
- Temos sucessivos casos de assalto ao longo de estradas estaduais e municipais, em especial no Amapá, onde quadrilhas interceptam ônibus - desabafou,culpando o descaso das autoridades competentes pelo fato de o número de assaltos ter voltado a aumentar em 2003.
Papaléo informou que, segundo o TCU, boa parte dos acidentes nos 62 mil quilômetros de malha rodoviária nacional poderia ser evitada se houvesse investimento em sinalização, pois 80% das placas estão em mau estado. Da mesma forma, segundo o senador, os veículos da Polícia Rodoviária estão em precárias condições de uso. Papaléo destacou que osacidentes causam prejuízos de R$ 5,3 bilhões ao ano.
O parlamentar pelo Amapá classificou como ação eleitoreira a Operação Tapa-Buracos, que, afirmou, consumiu até agora R$ 480 milhões em recursos não previstos pelo Orçamento da União. Ele informou que dados do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) indicam que, nos 6,6 mil quilômetros de obras não-licitadas, o quilômetro custou aos cofres públicos R$ 36 mil, contra R$ 9 mil nos 19.243 quilômetros licitados.
O parlamentar foi aparteado pelos colegas Leonel Pavan (PSDB-SC), que pediu que o Dnit fiscalize as obras da Operação Tapa-Buracos e culpou o governo pelo desvio de recursos, e Alvaro Dias (PSDB-PR), que chamou a Operação Tapa-Buracos de "espetáculo cuja divulgação é maior que a ação".
25/04/2006
Agência Senado
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