Serys denuncia condições precárias da população amazônica
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) denunciou em Plenário nesta terça-feira (29) as condições precárias a que estão submetidas as populações das áreas mais afastadas da região amazônica, especialmente na proximidade das fronteiras do país. Ela visitou a região na semana passada, integrando comissão de senadores e deputados federais, em companhia de oficiais do Exército.
Os parlamentares visitaram reservas indígenas e comunidades que, segundo a senadora, sobrevivem em condições precárias, sem acesso à saúde e à educação. Serys defendeu a aplicação de recursos na região como forma de garantir a integração do território nacional e proteger as fronteiras e os recursos naturais da região.
- Tenho informações de que há 20 mil estrangeiros na Amazônia, pesquisando não se sabe o que nem para quem. São questões como essa que estão fugindo do controle do povo brasileiro. Voltei de lá mais convencida do que nunca de que a segurança de nossa fronteira tem que ser feita por todos nós. E hoje é feita exclusivamente pelo Exército.
Serys também denunciou interesses internacionais - principalmente dos Estados Unidos - no controle da região amazônica. Ela citou o caso do livro Introdução à Geografia, adotado em escolas americanas, que trata a Amazônia como região sob a responsabilidade dos norte-americanos. De acordo com o texto do livro, citado pela senadora, a região é habitada por povos incultos e cruéis, que praticam o tráfico de drogas e que podem acabar com a vida na terra em alguns anos.
- Nos sabemos cuidar dela (da região) e vamos fazer isso com responsabilidade. Mas é preciso conceder condições ao Exército para isso - disse.
Em aparte, o senador Tião Viana (PT-AC) disse que cabe ao Parlamento encaminhar soluções para o problema das fronteiras amazônicas. A mesma opinião foi manifestada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Já o senador Duciomar Costa (PTB-PA) disse que a melhor forma de proteger a fronteira norte é dar condições de sobrevivência ao povo que lá habita.
29/04/2003
Agência Senado
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