Para Arthur Virgílio, guerra pode ser combustível para o terrorismo



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse recear que a guerra sirva de combustível para o terrorismo internacional e para o aumento da tensão entre o mundo judaico-cristão e o muçulmano. Ele também manifestou-se preocupado com relação aos danos causados ao multilateralismo, pela perda de poder do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU), e sugeriu que a reconstrução do Iraque, sob a égide da ONU, seja um momento em que o mundo possa reconquistar a confiança no multilateralismo. -A coalizão não substitui a ONU-, declarou. O senador fez as declarações durante audiência pública dos embaixadores do Reino Unido e dos Estados Unidos na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Ressaltando sua repulsa por Saddam Hussein, o senador rechaçou o anti-americanismo e apelou para que as autoridades norte-americanas estejam atentas para os reflexos da guerra na economia mundial, por implicar diminuição do fluxo de capitais e desvalorização do dólar e, conseqüentemente, diminuição das importações pelos Estados Unidos, que podem levar a um quadro de recessão no mundo.

Ao renovar seu apoio à posição -serena- do governo brasileiro sobre a guerra, Virgílio destacou que a discordância entre democratas não afeta a histórica relação de parceria entre os dois países. Assim como o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), Virgílio disse que as relações entre Brasil e Estados Unidos não podem ser abaladas, apesar das divergências momentâneas.

- Torço pelo fim do conflito, pelo respeito ao multilateralismo e pela autodeterminação dos povos. Manifesto minha oposição ao que considero um erro tático dos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido - disse.



03/04/2003

Agência Senado


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