PSDB é contra o início da guerra, diz Arthur Virgílio



Lembrando que na manhã desta quinta-feira (27) o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim estará no Plenário do Senado debatendo a posição brasileira diante da possibilidade de uma guerra entre os Estados Unidos e o Iraque, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) comunicou ter mantido contato telefônico com a embaixadora americana, Donna Hrinak, informando-a que o seu partido é contrário ao início da guerra.

- A embaixadora, sem ironia, disse que tinha a convicção de que o PSDB também faria gestões junto à embaixada do Iraque pedindo que o país cumprisse as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU). Mostrei a ela que o partido tem repulsa a Saddam Hussein. Mas acrescentei que, da mesma forma que o Iraque deve cumprir as resoluções da ONU, também é essencial que os Estados Unidos se submetam às decisões que porventura a ONU venha tomar - relatou Arthur Virgílio.

Na avaliação do senador pelo Amazonas, não pode ocorrer com a ONU o mesmo que aconteceu com a Liga das Nações, que após ter se revelado impotente para bloquear a invasão japonesa da Manchúria (1931), a agressão italiana à Etiópia (1935) e o ataque russo à Finlândia (1939), se autodissolveu em 1946, transferindo suas responsabilidades para a recém-criada ONU.

Agências reguladoras

Arthur Virgílio também informou que apresentou projeto de lei criando um controle externo para as agências reguladoras. Pela proposta, integrarão o órgão de controle externo os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados e no Senado, e os presidentes da Comissão de Infra-estrutura do Senado e da comissão permanente similar da Câmara.

Um outro assunto abordado por Arthur Virgílio foi o apelo feito à Presidência do Senado no sentido de que reúna os líderes partidários para negociar um acordo que destranque a pauta da Casa. A pauta está trancada desde terça-feira (25) em virtude da medida provisória que renegocia dívidas de pequenos produtores rurais.



26/02/2003

Agência Senado


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