Para Crivella, língua estrangeira não deve eliminar candidato em concurso
O senador Marcelo Crivella (PL-RJ) apresentou projeto de lei (PLS 111/04) para proibir que o conhecimento de língua estrangeira tenha caráter eliminatório em vestibulares ou concursos públicos. A matéria será analisada em breve pela Comissão de Educação (CE), onde a relatora é a senadora Fátima Cleide (PT-RO), e seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na qual será votada em caráter terminativo.
- Não se entende que num país de 180 milhões de brasileiros, que falam a língua portuguesa, um estudante seja eliminado num exame vestibular porque não passou numa prova de língua estrangeira - justifica o senador.
O projeto prevê ainda que, para curso ou função pública em que o conhecimento de língua estrangeira seja indispensável ao ingresso e exercício do cargo, a proposta eliminação da exigência não será aplicável.
- Ninguém ignora que o conhecimento, pelo menos do inglês básico ou do espanhol, é de fundamental importância para um grande número de profissões. Essa circunstância, entretanto, não deve ser válida para impedir o seu acesso à universidade ou a cargo público - afirma Crivella.
Ele considera a exigência de língua estrangeira um exagero, especialmente porque as escolas públicas do país não oferecem o ensino de outro idioma que não o português. Além disso, afirma o senador, um curso de inglês ou espanhol pode ser caro e os gastos com instrução sequer são passíveis de dedução do Imposto de Renda.
- A possibilidade de um candidato ser reprovado não nos parece sensata. As provas de idiomas estrangeiros devem ter apenas caráter classificatório - argumenta o senador.
02/07/2004
Agência Senado
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