Para Hage, contas tipo B e saques por cartões são os problemas que precisam ser evitados



O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse há pouco, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, que os saques em dinheiro, por meio dos cartões corporativos, além das retiradas feitas nas contas tipo B são os grande problemas com relação ao sistema de suprimento de fundos para gastos emergenciais da administração pública.

Para Hage, a "opacidade" das contas tipo B seria ainda maior e, por isso, louvou a decisão da Presidência da República de extinguir essa modalidade de realização de gastos até junho próximo. Nessas contas, o servidor saca dinheiro de conta bancária aberta em seu nome e paga as compras ou serviços em dinheiro.

Com relação aos saques por meio dos cartões que ainda vão continuar existindo, embora de forma mais restrita depois das recentes mudanças nas regras de uso desse instrumento, o ministro disse que haverá necessidade de um "acompanhamento com lupa". Para Hage, poucos órgãos precisam efetivamente sacar dinheiro por meio dos cartões corporativos e seria fácil fazer a identificação dos mesmos e vedar a prática para os demais. Entre os que podem necessitar do acesso aos saques, via cartões, ele citou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e a Polícia Federal. Nesse grupo, incluiu também órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas somente em atividades que impliquem deslocamentos de servidores para locais distantes, e não nos centros urbanos.



19/03/2008

Agência Senado


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