PARA IRIS, PROIBIÇÃO DE ARMAS NÃO ACABARÁ COM A VIOLÊNCIA



O senador Iris Rezende (PMDB-GO) alertou, nesta quarta-feira (dia 12) para o fato de que a aprovação de projetos proibindo comercialização ou porte de armas de fogo não irá acabar com a violência no país. "Temo que a opinião pública seveja frustrada quando perceber que o problema da criminalidade tem raízes mais profundas que não serão destruídas com projetos desse tipo".Com sua experiência como ex-ministro da Justiça, Iris afirma que a maior parte dos crimes no país é cometida com armas contrabandeadas e de fabricação estrangeira. "Controlar produção e comercialização de armas nacionais não terá efeitos sobre essa situação. Resultará, isso sim, em entregar de mão beijada os cidadãos, agora desarmados e indefesos, à sanha dos criminosos", ressaltou. Iris Rezende afirma que, sem a participação efetiva de estados e municípios, não será possível melhorar a segurança pública. "É necessária um ação coletiva. Em breve, trarei sugestões para uma solução mais global, mas desde já afirmo que a convocação extraordinária não é o momento adequado para votar "a toque de caixa" uma legislação proibindo fabricação ou porte de armas de fogo".Para Iris, a solução começa com o domínio efetivo das fronteiras pela Polícia Federal. "Esse é o primeiro passo para coibir o contrabando de armas e o tráfico de drogas". Ele pregou um amplo debate sobre segurança pública que examine medidas para melhorar as polícias Civil e Militar, reequipar a Polícia Federal e procurar meios para a participação das Forças Armadas no combate à violência e à criminalidade, conclui.Em apartes, os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA) concordaram com a necessidade do Senado promover um esforço conjunto para procurar soluções para a violência e a segurança pública.

12/01/2000

Agência Senado


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