Para Lula, integração é fundamental para promover a justiça social



Em discurso na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, nesta sexta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a integração dos blocos da América do Sul como processo necessário à promoção do desenvolvimento, do trabalho e da justiça social.

Segundo ele, à medida que evoluírem o Mercosul e a Comunidade Andina, processos de integração regional que têm objetivos e características próprias, evoluirá a Comunidade Sul-Americana de Nações, que engloba os países dos blocos anteriores.

Para Lula, que transfere a presidência temporária do grupo ao Paraguai, o clima político é propício à integração. Discutir as assimetrias do Mercosul, reduzir os custos das transações comerciais e lançar programa de produção de biocombustível são os próximos passos do bloco econômico, na opinião do presidente.

- Nossa união é necessária. Nem os mais fortes entre nós serão capazes de resolver sozinhos as contradições nas quais estão imersos nossos países - afirmou.

O presidente destacou o quanto o Mercosul avançou desde sua criação, em 1990, citando como exemplo a evolução de seu valor comercial: de US$ 4 bilhões para US$ 30 bilhões.

Lula fez um balanço da administração brasileira à frente da presidência temporária do bloco nos últimos seis meses. Destacou a instalação do Parlamento do Mercosul, o fim da dupla tarifa externa, a aprovação de projetos para o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (cinco no Paraguai e três no Uruguai), investimentos de US$ 200 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no bloco e a criação de um grupo para estudar a entrada da Bolívia.

Quanto ao detalhamento da participação da Venezuela, solicitou esforços para completar rapidamente o processo de adesão.

As nações devem se pautar pela busca de soluções consensuais e respeitar as opções de cada país, e devem ser buscadas "medidas concretas e inovadoras" que apontem para uma "estrutura ágil e eficiente, capaz de responder melhor às novas circunstâncias", disse Lula.Ele citou como exemplo a parceria do Brasil com a Argentina para a criação de um sistema de pagamento de transações comerciais entre os dois países, com a participação de pequenas e médias empresas.

Participam do encontro os presidentes da Argentina, Néstor Kirchner; do Uruguai, Tabaré Vasquez; do Paraguai, Nicanor Duarte; da Venezuela, Hugo Chávez, e também dos países associados: Chile, Michelle Bachelet, e Bolívia, Evo Morales.

  •  Da Redação
  • (Com informações da Agência Brasil e da Agência Efe)


19/01/2007

Agência Senado


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