Para Paim, Senado pode deter queda na renda dos trabalhadores



Ao registrar sua satisfação com a queda nas taxas de desemprego, o senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou também, nesta segunda-feira (28), sua preocupação com o crescente empobrecimento do trabalhador brasileiro. Ele apontou que o Senado pode contribuir para evitar esse processo de redução progressiva da renda dos assalariados votando projeto que reduz a jornada de trabalho para 40 horas e proposta que estabelece normas definitivas para a correção do salário mínimo.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentados pelo senador, o rendimento médio do trabalhador em seis regiões metropolitanas teve uma queda real de 0,7% em relação a abril e de 1,4% em relação a maio de 2003. Para o parlamentar, o resultado prático da redução da renda do trabalhador está no número de consumidores endividados. Segundo a Federação do Comércio de São Paulo, 72% dos consumidores paulistas apresentam algum tipo de comprometimento de renda.

Paim comentou ainda estudo do economista Márcio Pochmann, segundo o qual, entre 1940 e 1999, o Produto Interno Bruto (PIB) foi multiplicado por quase cinco vezes, enquanto que o poder aquisitivo do salário mínimo perdeu, principalmente a partir dos anos 60, cada vez mais participação relativa na renda por habitante. Esse quadro piorou com o Plano Real, que completará dez anos nesta quinta-feira (1º), com a queda da renda do trabalhador e o aumento do desemprego, disse.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PT-DF) registrou sua solidariedade à preocupação de Paim e assegurou apoio às suas propostas.



28/06/2004

Agência Senado


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