Para Suplicy, MP do setor elétrico é inaceitável



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) considerou "inaceitável" que a Medida Provisória nº 14 transfira o ônus dos prejuízos para os consumidores - por meio de aumento de tarifas e pagamento do seguro-apagão -, enquanto as vantagens da recomposição tarifária e dos repasses financeiros do seguro serão apropriadas pelas distribuidoras de energia elétrica e empresas do setor.

Segundo Suplicy, os consumidores estão sendo responsabilizados pela inépcia e arbitrariedade das autoridades que, desde o início da década de 90, sabiam que o setor elétrico precisaria de investimentos maciços, para fazer face à dinamização da economia. "O racionamento não aconteceu por falta de chuvas, mas por falta de investimentos", garantiu.

A MP, conforme disse o senador, representa um Proer (programa de socorro aos bancos privados que visava impedir a quebra do sistema financeiro) para o setor elétrico, sem sequer haver o mesmo risco sistêmico, disse. "Se houve prejuízos, o que eu não acredito, não é justo repassá-los aos consumidores, que já foram penalizados com o racionamento", defendeu o senador.



16/04/2002

Agência Senado


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