Para Távola, Lula deve manter fundamentos macro-econômicos



A manutenção dos fundamentos macro-econômicos, responsáveis pela estabilidade e equilíbrio financeiro, será essencial para o sucesso da administração de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou o líder do governo, senador Artur da Távola (PSDB-RJ). Ele relacionou outros nove pontos que considera a essência do governo Fernando Henrique Cardoso e que devem ser levados em consideração pelos petistas.

O primeiro ponto destacado pelo senador foi o redimensionamento do tamanho do Estado. De acordo com Távola, o PSDB defende o Estado socialmente necessário e -o governo se esforçou em desenhar esse Estado não-empresário e não-onipotente-. O segundo ponto positivo do governo foi a abertura da economia brasileira, afirmou. Ele assinalou que o as privatizações foram motivadas pela necessidade de retomada dos investimentos, já que o Estado havia perdido essa capacidade.

O terceiro ponto listado pelo senador foi a reforma do próprio Estado, por meio da reforma administrativa e da racionalização das funções do governo. Távola considera que essa reforma ainda não se completou, mas espera que Lula dê continuidade a ela. A criação de parâmetros de responsabilidade fiscal é o quarto ponto assinalado pelo senador. Para o parlamentar, em cinco anos, essa lei colocará o Brasil em patamares civilizados de controle dos gastos públicos.

Távola listou também a expansão da agricultura e das exportações, mas foi no ensino fundamental que o senador considerou que houve uma verdadeira revolução, definida pelo esforço qualitativo de manter as crianças na escola e impedir a evasão. O parlamentar ressaltou também que os fundamentos da ação social, baseados no desenvolvimento humano e não no assistencialismo, foi outra marca do governo Fernando Henrique, que lhe valeu um prêmio da ONU, recebido nesta semana.

Outro ponto de vista apresentado pelo senador foi o cumprimento dos contratos internacionais, -que angariou respeito entre outras nações-. O último aspectos realçado pelo líder do governo foi o aprofundamento das instituições democráticas.

Em aparte, o senador José Alencar (PL-MG), eleito vice-presidente da República na chapa de Lula, disse que a política monetária do atual governo é responsável pelo aumento do chamado risco Brasil. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu a unificação dos programas sociais e sua racionalização em conjunto com os governos estaduais e municipais.



10/12/2002

Agência Senado


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