Para Tuma, investigações já em andamento darão celeridade aos trabalhos da CPI



O senador Romeu Tuma (PFL-SP), que presidiu a reunião de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, por ser o mais idoso de seus membros, disse acreditar que as investigações que já vêm sendo feitas sobre a chamada "máfia das ambulâncias" garantirão, em boa medida, a celeridade necessária aos trabalhos da CPI "requerida pelos membros da comissão e por toda a sociedade".

A "máfia", investigada pela "Operação Sanguessuga" da Polícia Federal, desviava, por meio de emendas de parlamentares, recursos do orçamento da União destinados à área da saúde para a compra superfaturada de ambulâncias pelas prefeituras.

Tuma explicou que a CPI terá acesso a informações cedidas pelo juiz Jéferson Schnneider, da 2ª Vara Federal de Cuiabá (MT), onde está correndo o processo contra a "máfia das ambulâncias", e às investigações do Ministério Público e da Polícia Federal.

- Estive pessoalmente em Cuiabá. O juiz mandou toda a documentação. Já estivemos também com o procurador-geral [da República], Fernando Antônio de Souza, para pedir seu apoio - disse Tuma, informando que os primeiros passos da investigação já foram dados.

O senador lembrou que alguns envolvidos têm foro privilegiado e será necessário obter junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Ele recordou ainda que o STF já recebeu do Ministério Público pedido de indiciamento de 15 parlamentares por suposto envolvimento com a "máfia". Tuma disse ainda que, tão logo seja constatado envolvimento de determinado parlamentar, o processo deve ser encaminhado o mais rapidamente possível para o Conselho de Ética da respectiva Casa.

Por sugestão dos deputados Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) e Júlio Redecker (PSDB-SP), o nome de Tuma foi sugerido para a vice-presidência da comissão, votação que foi adiada para a próxima reunião, na quarta-feira (29).



22/06/2006

Agência Senado


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