CPI das ONGs quer maior celeridade nas investigações



A comissão parlamentar de inquérito que investiga possíveis irregularidades em organizações não-governamentais (CPI das ONGs) reúne-se nesta terça-feira (14), a partir das 14h30, para elaborar um novo organograma de trabalho para os próximos meses. A ideia é dar maior celeridade aos trabalhos do colegiado, que tem prazo final de encerramento no dia 1° de julho.

Na mesma reunião, a CPI deve votar 34 requerimentos, entre eles o de autoria do senador Raimundo Colombo (DEM-SC) que pede a convocação de Elza de Fátima Costa Pereira, mulher do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) - o Paulinho da Força - fundador da ONG Meu Guri.

Caso compareça à CPI, Elza Pereira, que presidiu a ONG, deverá esclarecer o destino de R$ 6 milhões doados à entidade pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Investigações realizadas pela Polícia Federal revelam que Paulinho da Força e sua esposa teriam se beneficiado de parte do dinheiro, dentro de um esquema de liberação de recursos para entidades não governamentais. Outro requerimento a ser votado, também de autoria de Raimundo Colombo, pede a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ONG Meu Guri.

A CPI também deve votar pedidos de quebra dos sigilos bancário e fiscal de entidades acusadas de malversação de dinheiro público. Também consta da pauta a votação a quebra dos sigilos da Fundação Universidade de Brasília (Fubra), que recebeu recursos da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), ligada à Universidade de Brasília.

A Finatec é um dos principais alvos da CPI e está sendo investigada pelo Ministério Público Federal, sob suspeita de irregularidades em contratos, desvio de recursos e finalidades.

A reunião acontecerá na sala 2 da Ala Nilo Coelho.



13/04/2009

Agência Senado


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