Para Valadares, foi a mobilização coletiva que ajudou as mulheres a conquistarem seus espaços



Uma data para refletir sobre os progressos alcançados e sobre as novas demandas femininas – assim o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) definiu o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira, 8 de março. Em pronunciamento em Plenário nesta tarde, o senador afirmou que a data é “um marco do reconhecimento mundial das lutas e reivindicações das mulheres por igualdade”.

Valadares destacou que, apesar de encontrarmos na história inúmeros exemplos de mulheres que, individualmente, marcaram sua época, é na mobilização coletiva que encontra-se a mais forte luta das mulheres por reconhecimento e igualdade. O senador deu como exemplo a Revolução Francesa, quando mulheres parisienses marcharam ao Palácio de Versalhes pelo direito ao voto. Também em 1917, na Rússia, quando dois milhões de soldados morreram na guerra e as mulheres do país convocaram uma greve por alimento e paz.

- O Dia Internacional da Mulher assumiu uma dimensão global para as mulheres de todo o mundo. O crescente movimento internacional de mulheres, fortalecido por quatro conferências internacionais das Nações Unidas, tem ajudado a fazer dessa data comemorativa um momento de agregar forças e coordenar ações para a luta por maior participação nos processos políticos e econômicos – afirmou.

Bertha Lutz

O senador ressaltou ainda que, no Senado Federal, há o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz, que, em uma homenagem à figura pioneira do feminismo no Brasil no início do século 20, reconhece o trabalho das mulheres que fazem diferença na história do país. Este ano, em sua 11ª edição, a presidente Dilma Rousseff será uma das homenageadas e já confirmou presença no Congresso Nacional. A sessão especial de premiação está marcada para a próxima terça-feira, dia 13 de março.

80 anos do voto feminino

Antônio Carlos Valadares registrou ainda os 80 anos do direito de votar dado à mulher brasileira. O senador contou que o primeiro país a garantir o direito de voto às mulheres foi a Nova Zelândia, ainda em 1893.

- Sem dúvida nenhuma, o voto abriu as portas para outras conquistas políticas nesses oitenta anos, e os avanços têm sido lentos, mas são avanços consideráveis. A eleição de uma mulher para a Presidência da República representa muito bem essa conquista – afirmou, ressaltando, no entanto, que a participação feminina na vida política ainda é muito pequena: mesmo representando 51% do eleitorado do país, as mulheres só possuem 6% de representação no Legislativo.

Valadares concluiu lembrando de projetos de sua autoria que procuram melhorar as condições das mulheres. O PLS 165/2006 trata da proteção feminina no mercado de trabalho, com a criação da licença parental para que os períodos de afastamento para o cuidado da prole possam ser gozados tanto pelo pai quanto pela mãe.



08/03/2012

Agência Senado


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