Parceria público-privada é a saída para enfrentar desafios do Brasil, diz Dilma



A partir da opinião de que é indispensável a parceria público-privada para o crescimento e desenvolvimento sustentável do País, a presidenta Dilma Rousseff instalou nesta quarta-feira (11), no Palácio do Planalto, em Brasília, a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade.

Para explicar a nova iniciativa, a presidenta falou sobre a importância da gestão compartilhada para superação de desafios como a erradicação da extrema pobreza e crescimento contínuo do País com controle inflacionário e ampliação da renda, emprego e inclusão social.

Dilma Rousseff disse estar convicta de que o Brasil só será de fato desenvolvido se houver avanços e investimentos em competitividade, desempenho e gestão, focos da atuação do novo conselho consultivo. A presidenta assegurou que a criação do grupo de trabalho acontece em um momento de definição, uma vez que o Brasil entrou numa trilha de desenvolvimento com inclusão social, crescimento econômico, estabilidade monetária e consolidação fiscal. Ao mesmo tempo, ela fez um alerta: “nenhum país será de fato um país rico com miséria”.

Ao lembrar dos avanços conquistados no governo do ex-presidente Lula, Dilma insistiu que tais avanços trazem “a necessidade de ir muito além”, num cenário em que o Brasil precisa de um Estado meritocrático e profissional e de uma relação produtiva entre o setor público e o setor privado.“Uma relação que não pode ser de oposição, uma relação que não pode ser de conflito ou de interesses conflitantes. Mas uma relação em que Estado e empresas privadas, trabalhadores e sociedade tenham clareza do seu objetivo”, disse.

Competitividade 

Logo após a instalação da Câmara de Gestão, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, informou que a primeira tarefa do grupo será estabelecer as metas e objetivos da câmara para trabalhá-los internamente.

Já o presidente da câmara, o empresário Jorge Gerdau, antecipou que o foco será o aprimoramento de custos e receitas na gestão pública, além do ajuste da estrutura gerencial do País como um todo. “Isso é um processo num longo prazo, mas a conjugação dos dois temas é de extrema importância nesse cenário de competitividade que o País enfrenta. O mundo evolui e nós temos que acompanhar”, explicou Gerdau.

Gerdau e Belchior esclareceram que a câmara não tratará de política econômica e que será um ambiente consultivo relativo apenas à gestão. O empresário ressaltou, entretanto, que não há áreas que não obtenham ganhos a partir da implantação de uma metodologia de análise e aprimoramento de processos de gestão. O foco, continuou a ministra, é discutir competitividade. O primeiro passo será elencar os principais temas para que o País tenha “resultados em um prazo mais curto e com maior impacto”.


Fonte:
Blog do Planalto



11/05/2011 18:15


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