Parlamentares querem saber que banco foi punido



Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado decidiram nesta quinta-feira (3) votar requerimento pedindo a quebra de sigilo de investigação do Banco Central para saber que banco foi punido em primeira instância por uso indevido de contas CC5, utilizadas por não residentes no país. Os técnicos do BC não quiseram informar que banco foi esse, alegando medo de quebrar inadvertidamente sigilo bancário.

Durante a reunião, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) afirmou que a investigação da CPI dos Precatórios já havia tangenciado o problema das contas CC5 e se deparado com a disparidade entre os recursos do mercado de sacoleiros em Ciudad del Leste e a movimentação de recursos nas contas CC-5 em Foz do Iguaçu.

Por sua vez, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) distribuiu relatórios de CPIs anteriores, como a dos Bancos, do Judiciário e, inclusive, do Futebol. Para o senador, a CPI do Banestado vai -fechar uma série de colchetes deixados abertos pelas comissões de inquérito anteriores-.

O chefe do Departamento de Capitais Estrangeiros e Câmbio do Banco Central, José Maria Carvalho, fez um histórico sobre as contas CC-5, relatando as normas editadas sobre o tema, com as mudanças promovidas para controlar melhor as contas de não-residentes no país.

Ele informou que o Banco Central fez uma verificação inicial em Foz do Iguaçu (PR), entre julho e setembro de 1996, quando foi possível confirmar esquema destinado a promover evasão de divisas no país sem autorização legal, mediante utilização de artifício para ocultação do remetente dos recursos.



03/07/2003

Agência Senado


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