Patrícia Saboya propõe movimento nacional de combate ao 'crack'
"Se não agirmos com rapidez, colocaremos em risco a vida de toda uma geração de brasileiros e, com ela, o futuro do país". A afirmação foi feita pela senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), em discurso nesta quarta-feira (25), em que propôs a criação de um movimento nacional para debater o problema das drogas "sem preconceito e hipocrisia", escutando os argumentos a favor e contra a legalização das drogas.
- O presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva] precisa se convencer que estamos vivendo uma epidemia muito pior que a gripe suína ou a dengue. Uma ação preventiva é imprescindível - afirmou a senadora.
Patrícia Saboya integra a subcomissão que está definindo as políticas de segurança pública e é relatora da matéria que trata do tráfico de drogas, com foco no crack.
A senadora manifestou sua preocupação com a disseminação do crack no Brasil e seus efeitos devastadores na vida dos viciados - que são cada vez mais jovens - e de suas famílias. Ela disse que o crack, que chegou ao país há 20 anos, hoje atinge todas as classes sociais e todas as faixas etárias, alcançando cada vez mais os mais jovens.
A senadora sugeriu que seja feito um esforço de esclarecimento sobre o crack, envolvendo todos os meios de comunicação e acusou a falta de políticas públicas nessa área. Ela também apresentou sugestões na área de atendimento médico, assinalando que as clínicas existentes para o tratamento de dependentes químicos são muito caras e inacessíveis para a maioria da população.
- O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, calculou que se investem hoje R$ 110 milhões em atendimento a usuários de crack em todo o país e que a curto prazo haverá 2,5 mil leitos para dependentes químicos em hospitais gerais. É um esforço significativo, mas insuficiente. Precisamos de clínicas especializadas, com internação e acompanhamento tanto médico quanto psiquiátrico para as vítimas do crack - alertou.
Patrícia Saboya recebeu o apoio, em apartes, dos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Sérgio Zambiasi (PTB-RS), Efraim Morais (DEM-PB), Roberto Cavalcanti (PRB-PB), Romeu Tuma (PTB-SP), Valter Pereira (PMDB-MS), Mário Couto (PSDB-PA) e Magno Malta (PR-ES).
25/11/2009
Agência Senado
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