PATROCÍNIO COBRA RAPIDEZ NA IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO



PATROCÍNIO COBRA RAPIDEZ NA IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO

O senador Carlos Patrocínio(PFL-TO) cobrou do governo nesta terça-feira (dia 10) maior rapidez na implantação dapolítica nacional do idoso. Patrocínio disse que, de acordo com projeções feitas peloMinistério da Previdência e Assistência Social (MPAS), a população de idosos (65 anosde idade ou mais) poderá ser de 20 milhões em 2020, o que exigirá mudanças no perfildas políticas sociais.

Patrocínio lembrou que as doenças crônico-degenerativas assumem maior peso com oenvelhecimento populacional e, em conseqüência, ocorrerá um maior custo dasinternações e tratamentos, pois serão necessários equipamentos e medicamentos muitomais caros.

- Existem pouco mais de 600 geriatras em atividade e raros são os cursos de medicina queoferecem disciplinas específicas. Em São Paulo, apenas três universidades contemplam aespecialização em geriatria - disse o senador.

O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) também cobrou uma política mais responsável econseqüente para os idosos brasileiros e disse que a Subcomissão do Idoso, criada naComissão de Assuntos Sociais (CAS), não estava atuando devido à cassação do seupresidente, o ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF).

O senador Lauro Campos (PT-DF) comparou o tratamento dado ao idoso no Brasil e em paíseseuropeus. Segundo ele, algumas sociedades consideram um valor positivo a experiência ecercam os idosos de cuidados, mas as sociedades que valorizam a eficiência e avelocidade, descartam os velhos. "No Brasil, falta tudo para o velho", lamentou.

Um dos problemas mais comuns enfrentados pelos idosos, de acordo com Carlos Patrocínio,é a solidão. "Estudos geriátricos indicam que 7% dos que têm idade superior a 65anos sofrem com a falta de atenção dos familiares. Em 15% desses casos, o sentimento deabandono é tamanho que o idoso termina por cometer suicídio", revelou.

O senador apontou ainda os resultados de pesquisa feita com base em 1559 boletins deocorrência policial feitos na Delegacia de Proteção ao Idoso, no período de 1991 a1998. Segundo a pesquisa, 60% dos idosos que apresentaram queixa foram agredidos porpessoas próximas, como filhos (39,6%) e vizinhos (20,6%); a maioria dos agressores sãohomens (64%) e a maioria dos agredidos é do sexo feminino (57%). As ameaças mais comunssão de morte e internação em asilos (27%), lesões corporais (13%), além de injúria,calúnia e difamação (11%).



10/10/2000

Agência Senado


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