Patrocínio pede que governo revise dívida dos agricultores com o Proceder



O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) solicitou aos Ministérios da Fazenda e da Agricultura e do Abastecimento que revisem os juros cobrados pelo Programa de Desenvolvimento da Agricultura no Cerrado (Proceder). Aplicados no estado de Tocantins, os recursos do programa são enviados pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional e repassados pelo Banco do Brasil.

O terceiro módulo do programa (Proceder III) beneficiou 40 famílias de pequenos produtores. Os juros que a empresa japonesa cobra do banco brasileiro ficam em torno de 2,5% ao ano. Enquanto isso, continuou o parlamentar, a instituição obriga os agricultores a pagarem juros de mais de 29%.

Ele disse que a ação distorcida do Banco Brasil na condução do Proceder está sendo objeto de contestação judicial por parte dos produtores e das autoridades estaduais de Tocantins. O senador alega que o banco transcendeu os ditames contratuais. Com isso, os agricultores foram condenados à inadimplência - disse.

Para o parlamentar, com essa taxa de juros, o projeto, iniciado em 1995, fica inviabilizado. O senador considera que o Proceder, uma idéia que podia ser exportada para outros estados do Centro-Oeste, vai fracassar por causa da insensibilidade do governo em entender a importância da agricultura para o país.

Na opinião de Carlos Patrocínio, não foi cuidando de financiamentos e bancos que os agricultores do país conduziram o Brasil "ao status de potência agrícola mundial que hoje ostentamos".

28/03/2001

Agência Senado


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