PATROCÍNIO PEDE URGÊNCIA PARA SOCORRO À TRANSAMAZÔNICA
"As rodovias Belém-Brasília e Transamazônica são estratégicas por serem de integração nacional e, portanto, os recursos para sua manutenção deveriam ter prioridade em sua liberação", argumentou o senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) ao denunciar nesta sexta-feira (dia 30) o que considerou descaso do governo em relação a serviços de asfaltamento e recuperação de pontes de concreto nessas estradas.- A ponte do Estreito, por exemplo, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, que custou milhões de dólares, está ameaçada de ruir porque o tráfego intenso das duas rodovias exige trabalhos de manutenção e recapeamento que foram iniciados e logo paralisados por falta de verbas - afirmou Patrocínio, que foi procurar o DNER para se informar sobre o assunto.Na opinião de Patrocínio, o fato de o Ministério dos Transportes já ter "estourado" suas verbas para 1998 não pode invalidar a urgência na liberação de créditos suplementares para obras nessas rodovias. - A Belém-Brasília é a única ligação completa entre o Norte e o Sul do país. Se amanhã a ponte ruir, a rodovia vai parar e as televisões irão noticiar uma fila de 50 quilômetros de caminhões parados. Então haverá urgência na construção de nova ponte. Não será melhor se antecipar e recuperar a que já existe? - perguntou.O senador pelo Tocantins revelou ter visitado o local, tendo constatado que a situação da ponte é tão grave que foi parcialmente interditada, sendo permitido o tráfego de apenas um caminhão por vez. - Estou pasmo com tanta irresponsabilidade. Todos sabem que uma ponte suporta tráfego intenso durante 15 anos sem trabalhos de recuperação. A ponte do Estreito foi asfaltada há 24 anos e desde então nada foi feito.Na ocasião, Patrocínio também entrou em contato com os índios Apinajé, que estariam paralisando as obras de asfaltamento da Transamazônica, sob a alegação de não quererem que a rodovia corte suas terras. - Na verdade, os índios aceitam a estrada, mas querem que a reserva seja cercada e reivindicam melhorias como a construção de duas pequenas pontes. Para Patrocínio, essa solução é muito melhor do que a apontada pelo DNER de fazer um atalho na estrada, passando por terras alagadiças e desperdiçando uma ponte de concreto no valor de US$ 23 milhões já inteiramente concluída. - Soube que a Funai, o Ibama e o Ministério Público do Tocantins interditaram o asfaltamento da Transamazônica por causa do problema indígena. Na aldeia fiquei sabendo que as autoridades foram lá uma única vez e nunca mais voltaram. Estou perplexo com tanto descaso - concluiu.
30/10/1998
Agência Senado
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