Paulo Duque diz que não há crise e manifesta apoio a Renan Calheiros
Depois de fazer uma retrospectiva da história do Brasil, de enumerar vários dos momentos de instabilidade política que o país enfrentou desde a proclamação da República, o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) concluiu nesta quarta-feira (20) que as crises são inerentes à própria democracia. Neste sentido, ele opinou que a crise que a imprensa noticia haver hoje no Congresso Nacional não é uma crise de verdade. Por isso, ele declarou antecipadamente ao senador Renan Calheiros (quando este assumiu a presidência dos trabalhos, durante o pronunciamento), que votaria a seu favor em qualquer situação.
- Não vejo nenhum tipo de crise hoje. Não vejo nenhum perigo em relação à Presidência do Senado. Gostaria que as decisões do Conselho de Ética estivessem sendo tomadas neste Plenário. Eu votaria em aberto, sem nenhum receio. Quero dizer ao presidente Renan que voto a favor de Vossa Excelência em qualquer situação que haja. Quero repetir que o meu voto é a favor de Vossa Excelência, sim, e o faço tranqüilamente na presença do rádio, da televisão, da imprensa e de qualquer revista - afirmou Paulo Duque.
Para embasar sua tese de que hoje o que existe é uma suposta crise, o senador pelo Rio de Janeiro lembrou episódios da história os quais, estes sim, teriam implicado em instabilidades verdadeiras. O primeiro deles foi a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca, presidente eleito logo após a proclamação da República. Outras renúncias de presidentes foram citadas por Paulo Duque, como as de Jânio Quadros e de Fernando Collor.
Paulo Duque destacou, porém, que a grande crise, a grande tragédia brasileira ocorreu com o suicídio de Getúlio Vargas, depois que ele comandou os destinos do país durante 15 anos como ditador e quatro anos eleito presidente pelo voto popular. Para o senador, o que nunca deixou de existir durante toda a República foram "os inventores de crise".20/06/2007
Agência Senado
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