Paulo Duque protesta contra quem revela voto e revela o seu próprio voto também



Uma sessão de declaração de votos, foi como o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) classificou a sessão de votação do processo de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele disse que, apesar de o voto ser obrigatoriamente secreto, os senadores usavam a tribuna para fazer análise do processo e revelar como iriam votar. Para ele, isso "está errado, é injusto, irregular, ilícito e injurídico", porque o regimento do Senado determina que o voto seja secreto. Mas, Paulo Duque também revelou seu voto e disse que a opinião pública do Rio de Janeiro já o condena por votar contra a cassação de Renan. 

- Não vejo culpa nenhuma nesse homem. Esse relatório [do senador Jefferson Peres, do PDT do Amazonas-AM] para mim não diz nada. Um discurso pode mudar opinião, mas não muda voto de jeito nenhum. Somos todos puros e só existe um réu terrível chamado Renan Calheiros? Essa eu não aceito - afirmou.

Duque informou que, por curiosidade, leu o relatório de Jefferson Péres e disse que Renan não deveria ser condenado por causa de "alguns indícios". Ele afirmou que o indício é "uma poeira no oceano do julgamento criminal" e citou o jurista italiano Nicola Malatesta que rejeitou o indício como prova num processo judicial e defendeu somente a prova robusta para haver uma condenação. Para Duque, um senador não pode ser julgado pelos seus colegas, mas por um tribunal que não tenha nenhum "compadre" do réu.



04/12/2007

Agência Senado


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