Paulo Octávio: reforma terá efeito devastador sobre servidor público
Se a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC nº 67) da reforma da Previdência vai produzir um resultado -pífio- do ponto de vista fiscal, seus efeitos serão devastadores sobre o serviço público do país. A crítica partiu do senador Paulo Octávio (PFL-DF), que acusou a base parlamentar do governo de falta de sensibilidade ao eleger o servidor público como vilão e esquecer-se de combater as fraudes e a sonegação, que correspondem a 43% da arrecadação da Previdência Social.
- A PEC nº 67/2003 é apenas um ajuste fiscal; a cobrança de contribuição dos inativos só tem fundamento arrecadatório; a taxação dos deficientes é uma maldade política; e o fim da paridade vai perpetuar os servidores até o fim dos seus dias na máquina do estado - disparou.
Antes que as medidas sugeridas sejam incorporadas no texto constitucional, Paulo Octávio propôs um momento de reflexão aos parlamentares, apelo dirigido especialmente à bancada do PT, a quem sugeriu votar contra a orientação partidária e a favor do povo. O senador pefelista também advertiu que a aprovação da matéria deve levar os servidores públicos em massa a contestá-la perante o Supremo Tribunal Federal (STF), tumultuando ainda mais o trâmite no Judiciário.
26/11/2003
Agência Senado
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