Pavan compara realidade do governo do PT com retórica usada para ganhar as eleições
O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) afirma que o governo Luiz Inácio Lula da Silva está rasgando os compromissos assumidos com a sociedade durante a campanha eleitoral. Depois da posse, disse, o governo está fazendo exatamente o oposto do que prometeu: garantiu a criação de 10 milhões de empregos, mas sua política econômica já resultou em mais 700 mil desempregados em seis meses.
Pavan citou, -entre as muitas incongruências, a persistente retórica do PT- contra a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o seguro apagão que o governo Lula agora quer tornar permanentes. Ele lembra que a Região Sul não pagou o seguro apagão, por ter ficado fora do racionamento de energia elétrica.
- Agora a ministra [de Minas e Energia] Dilma Roussef quer incluir o Sul nesse novo imposto - protestou.
O senador por Santa Catarina acusou o governo de estar, há seis meses, num -blá-blá-blá vazio-, quando deveria estar tomando medidas enérgicas para fomentar a produção, fortalecer as micro e pequenas empresas para conseguir o que todos os brasileiros querem: retomada do crescimento econômico e geração de empregos.
- O povo não quer receber esmola de R$50. Todos preferem ganhar seu dinheiro com um emprego digno e poder fazer com ele o que bem entender. As 130 mil pessoas que se inscreveram para concorrer a um emprego de gari no Rio de Janeiro demonstram bem esta tese - argumentou Leonel Pavan.
Em aparte, o senador Efraim Morais (PFL-PB) afirmou -estar havendo um "apagão" na mente do presidente Lula e de seus ministros-.
- Parece que todos se esqueceram das promessas de não aumentar impostos e propõem uma reforma tributária que tem, claramente, esse objetivo. O PFL estará vigilante para impedir qualquer majoração de impostos ou contribuições - garantiu.
08/07/2003
Agência Senado
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