Pedro Simon: compra do grupo Ipiranga foi uma "operação estranha"



A recente compra do grupo Ipiranga pela Petrobras, Braskem e Grupo Ultra - um negócio estimado em US$ 4 bilhões - foi encarada na quarta-feira (4) pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) como uma operação "estranha", já que nem o próprio governo do estado do Rio Grande do Sul foi comunicado a respeito da venda do conglomerado - um dos maiores grupos empresariais do estado.

- Os gaúchos ficariam mais tranqüilos se a Petrobras ficasse à frente do controle do consórcio, com o voto de Minerva nas mãos, o que não ocorreu - salientou Pedro Simon.

O parlamentar disse ainda estar "angustiado" com a perda do controle acionário do pólo petroquímico do Rio Grande do Sul para a Odebrechet, com sede na Bahia. Simon também condenou o que classificou de "deselegância" do grupo Ipiranga e da própria ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por não abrirem publicamente o debate em torno da venda da empresa.

As afirmações do senador foram feitas durante audiência pública realizada em conjunto pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE), e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) para debater a venda do grupo Ipiranga. O debate, na manhã da quarta-feira (4) contou com a participação de representantes da Petrobras, de sindicatos dos trabalhadores da área petrolífera e da Braskem.

Durante o debate, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) disse que a venda da Ipiranga "pegou a todos de surpresa". Por isso, propôs a criação de uma comissão especial do Senado para acompanhar o desenrolar do negócio.

Estou à disposição para integrar essa comissão, caso venha a ser criada, no sentido de acompanhar os passos futuros desse mega-negócio que pode trazer conseqüênciasdanosas para o estado do Rio Grande do Sul - previu Geraldo Mesquita Júnior.



04/04/2007

Agência Senado


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