Pedro Simon diz que ética não dá voto
Matérias publicadas pela imprensa sobre o governo e a campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram citadas e comentadas em Plenário, nesta terça-feira (11), pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). O destaque foi dado ao artigo "Ética dá voto?", do colunista Merval Pereira, publicado pelo jornal O Globo. Em resposta à pergunta do jornalista, Simon afirmou que "ética não dá voto nem deve ter por objetivo buscar o voto". Na sua opinião, "ética é a obrigação de fazer aquilo que deve ser feito".
A primeira reação positiva ao discurso do peemedebista partiu do senador Jefferson Péres (PDT-AM). O parlamentar tratou de citar, no aparte, trecho de "Ética dá voto?" descrevendo a reação do vice-presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, à pergunta sobre um eventual constrangimento ao presidente Lula pelo apoio dado a sua reeleição por candidatos petistas acusados de receber o "mensalão". Segundo Jefferson Péres, Garcia teria apontado como único constrangimento a possibilidade de esses candidatos não terem votos.
Simon lamentou não só esse apoio e essa declaração, mas o fato de o ministro chefe das Relações Institucionais, Tarso Genro, não ter punido os petistas sob suspeita de envolvimento no escândalo do "mensalão" quando assumiu, por três meses, a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT). Em seguida, criticou a permanência no governo e a promoção a ministro do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, após a abertura de processo contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a possível indicação do ex-senador Jader Barbalho, também processado pela Justiça, para coordenar, no PMDB, a campanha de reeleição de Lula.
O peemedebista encerrou seu discurso anunciando que o novelista Sílvio de Abreu, autor de Belíssima, deverá participar de audiência pública no Senado para discutir entrevista recente sobre a novela dada à revista Veja. O tema que deverá conduzir os debates será o resultado de pesquisa de opinião sobre os personagens de Belíssima, que revelou a preferência do público pelos personagens desonestos e de mau-caráter.11/07/2006
Agência Senado
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