PERES AFIRMA SER CONTRÁRIO À PRIVATIZAÇÃO DE EMPRESAS DE SANEAMENTO
Peres disse que sempre defendeu a privatização como forma de desinchar o Estado brasileiro a abater a dívida pública, mas agora se alinha entre aqueles que não concordam com desestatização a qualquer preço, principalmente quando se trata de água e esgoto, por ser um serviço essencial. "Água não é telefone. Não existe possibilidade de existirem duas tubulações de água na mesma rua. É um monopólio natural", explicou.
O senador Geraldo Melo (PSDB-RN), em aparte, reafirmou ser contrário à privatização desse tipo de serviço, apesar de ter sido favorável à privatização de outras empresas, alegando que a competição resultante levou benefícios ao consumidor final. "Não conheço, em lugar nenhum do mundo, um país onde esse serviço seja fornecido por empresa privada. Considero essa privatização altamente danosa à população brasileira", afirmou Melo. O senador apresentou projeto de lei em que propõe a venda de ações novas das empresas e a manutenção nas mãos do governo estadual do lote de ações que já possui.
Jefferson Peres disse ainda que a empresa amazonense é deficitária porque 50% dos consumidores não possuem hidrômetros e 30% da água é desperdiçada. Ele lembrou também que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não financia esse tipo de empresa. Geraldo Melo fez uma última pergunta: "Por que alguém se in teressaria em aplicar dinheiro do próprio bolso numa empresa deficitária?".
04/04/2000
Agência Senado
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