Pesquisa põe Roseana na sucessão
Pesquisa põe Roseana na sucessão
Pesquisa realizada entre os dias 29 e 30 de agosto, pelo instituto Vox Populi, joga a governadora do Maranhão, Roseana Sarney como opção que o PFL passa a ter no processo de escolha do candidato governista para a eleição presidencial de 2002, caso se repita a aliança, com o PSDB, que elegeu Fernando Henrique Cardoso por duas vezes.
Ela alcançou 13% das opções de voto, embolando o segundo lugar com Ciro Gomes (PPS), que teve 14%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2%. Lula (PT), com 29%, mantém larga vantagem sobre os adversários. O governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), ficou com 10%. Encostado nele vem Itamar Franco, com 9%.
O ministro José Serra (PSDB), apontado como opção preferencial do Governo, ficou com 5% das intenções de voto e Enéas, do Prona, com 2%. Roseana, impulsionada pela ofensiva publicitária do PFL, foi a estrela dos programas do partido nas últimas semanas, no horário de propaganda na televisão.
Ela tornou-se o único nome governista que, até agora, superou a barreira dos 10% na preferência eleitoral. Aos 47 anos, filha do ex-presidente José Sarney, Roseana teve baixo índice de rejeição (2%) e melhor penetração eleitoral nas cidades com até 25 mil eleitores das regiões Centro-Oeste/Norte.
Seu desempenho, no entanto, é fraco no Sudeste, área de maior densidade eleitoral. Pelo método espontâneo, quando o entrevistado cita de memória sua preferência, dois terços dos eleitores, a 13 meses do pleito, ainda não se decidiram. (pág. 1 e 3)
* O quadro de instabilidade econômica e a falta de apoio do Governo, conforme queixa dos profissionais do setor põem em xeque o mercado de capitais brasileiro. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), única do País que negocia com ações, não conseguirá os R$ 10 milhões de que precisa este ano para promover sua atualização tecnológica.
A Bolsa de Valores do Rio (BVRJ), que já teve seus dias de glória, vive hoje do comércio de títulos públicos e aluguel de suas salas. (pág. 1 e 23)
* "Se um verdadeiro candidato do Governo deve ter os atributos e a fisionomia do Governo a que serve, não resta dúvida a respeito de quem é mais adequado ao papel: Pedro Malan. Mas isso, com certeza, é insuficiente para garantir sucesso eleitoral. O desempenho agregado do Governo FH inviabiliza qualquer candidato oficial." (Renato Lessa) (pág. 1 e 10)
* Processo na Justiça de São Paulo, cobrando a execução de uma dívida, trouxe à tona dados do Imposto de Renda de 1998 de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil e um dos principais negociadores dos consórcios que participaram do leilão da Telebrás.
Ao deixar o Governo, Ricardo Sérgio declarou patrimônio 56% maior do que aquele acumulado em 30 anos trabalhando em empresas privadas. Os rendimentos de 1998 provocaram também evolução em seu patrimônio de quase 30% em apenas um ano, atingindo R$ 3.283.123,81.
Em entrevista ao "Jornal do Brasil", Ricardo Sérgio nega qualquer irregularidade em sua declaração de renda. "Não há erro tributário na minha declaração. Não entendo, diante disso, a razão do questionamento. As fontes de meus rendimentos são cristalinas em minha declaração". Ele rebate acusações recebidas do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros e do ex-senador Antônio Carlos Magalhães. (pág. 1 e 4)
* De droga de ricos, a cocaína conquista a cada dia mais consumidores pobres. As estimativas variam, mas líderes comunitários, policiais, pesquisadores profissionais que trabalham com dependentes químicos confirmam o novo perfil de consumo. (...) (pág. 1, 25 e 26)
* Sócio-fundador da Previ, a previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, Gabriel Carlos da Silveira Lobo casou-se aos 98 e morreu aos 100 anos, deixando pensão para a mulher, Márcia Volpato, de 39.
O caso chamou a atenção do fundo, que descobriu outros mil aposentados casados com mulheres pelo menos 25 anos mais novas. Destes, 433 tinham morrido depois das núpcias, deixando viúvas bem remediadas. O amor na terceira idade virou ameaça a contabilidade da previdência privada. (pág. 1 e 5)
* O relacionamento entre Marco Antônio Costa Souza, irmão do ministro Paulo Renato, e a Microsoft, descoberto por "no.", será alvo de investigação do Ministério Público. "Isso foge a qualquer padrão de ética", disse o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), que vai elaborar no fim de semana uma denúncia formal do MP, para se entregue logo no início da semana. (...) (pág. 8)
* Aos 71 anos, processado em prisão domiciliar, o ex-presidente argentino Carlos Menem dedica-se ao que mais gosta: uma boa briga pelo poder. Menem está em campanha para as eleições presidenciais de 2003 e faz pouco caso do índice de rejeição a seu nome: 60%. "Então tenho outros 40% a meu favor", disse em entrevistado ao "Jornal do Brasil", em que falou de planos para o país, defendeu-se das acusações de tráfico de armas, criticou seu sucessor e avisou aos incrédulos: "Aguardem-me". (pág. 1 e 17)
Editorial
"Linhas críticas"
Se o Brasil não se apresentar mais qualificado do que neste dia-a-dia vivido atualmente, tudo estará permitido. Desde o começo do ano - o último em que o Legislativo e o Executivo poderiam fazer alguma coisa de útil, sendo certo que em ano de sucessão nada acrescentam por motivos óbvios - a opinião pública ficou confinada a episódios de natureza estritamente policial e o vazio político preenchido pela seqüência de escândalos que os políticos deixaram pelo caminho. (...) (pág. 12)
Colunistas
Coisas da Política - Dora Kramer
O governador Tasso Jereissati sabe o que diz quando afirma que o candidato governista à sucessão de Fernando Henrique Cardoso não será uma escolha exclusiva e pessoal do Presidente.
Da mesma forma, o ministro José Serra sabe o que faz, quando a cada hora, estabelece uma data diferente para a definição da candidatura. Já foi fevereiro de 2002, abril, dezembro deste ano e agora o dia D pode ser algum momento entre outubro e janeiro. (...) (pág. 2)
Informe JB - Ricardo Boechat
Uma carta do líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro, chegou à sede do Citibank, em Nova Iorque. Indaga se o banco teve envolvimento no roubo de documentos que levará dirigentes do fundo CVC Opportunity, do qual é sócio, a julgamento nas Ilhas Cayman. (pág. 6)
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