PF investiga fraudes em licitações e apreende documentos em órgãos públicos federais



Uma equipe de agentes da Polícia Federal esteve nesta quarta-feira (26) nas dependências do Senado e apreendeu documentos relativos a empresas que prestam serviço à Casa e são responsáveis pela contratação de funcionários terceirizados. Após mais de seis horas, os policiais da chamada "Operação Mão-de-Obra" deixaram o prédio do Anexo I do Senado com uma sacola de documentos. Nenhum computador foi apreendido e os responsáveis pela operação não quiseram se pronunciar.

Os servidores de dois andares do Senado (14º e 15º), onde funcionam a Secretaria de Fiscalização e Controle e a Subsecretaria de Planejamento e Controle de Contratações, respectivamente, não puderam ter acesso aos seus locais de trabalho no início da manhã.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Federal em sua página na Internet, a "Operação Mão-de-Obra" tenta desbaratar uma quadrilha especializada em fraudar licitações de órgãos públicos. O grupo seria formado por empresários do ramo de prestação de serviços em limpeza e informática e conta com o apoio de servidores públicos que os municiavam com informações privilegiadas ou atuavam para atender os interesses desses empresários na confecção dos editais das concorrências. A ação, diz a nota da PF, é um desdobramento da Operação Sentinela, de 2004, que prendeu envolvidos em irregularidades em licitações do Tribunal de Contas da União (TCU).

Os 170 policiais federais que participam da operação, ainda de acordo com a nota, cumpriram mandados de busca e apreensão em vários órgãos federais, nas empresas investigadas e em residências. Os acusados poderão responder por crimes de fraude a licitações, formação de cartel, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, entre outros.



26/07/2006

Agência Senado


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