CE analisa projeto que normatiza divulgação de documentos em língua estrangeira por órgãos públicos



A Comissão de Educação , em sua reunião na terça-feira (19), marcada para começar às 11h30, deverá analisar substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao projeto do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) que normatiza a divulgação de documentos produzidos em língua estrangeira nos sítios e portais da Internet mantidos por órgãos e entidades públicas.

Segundo a proposta de Mercadante, todos os documentos, textos e artigos em língua estrangeira disponibilizados nos sítios e portais mantidos pelas administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União deverão estar obrigatoriamente apresentados também em sua versão em português.

Por entender que a medida não deveria ficar restrita ao âmbito da administração direta e em nível federal, o relator opta por estender a exigência aos estados, municípios e Distrito Federal. Por outro lado, Eduardo Azeredo limita a exigência da publicação das versões em português aos documentos institucionais referentes ao organismo que os publicou.

-Não se imagina que uma universidade ou centro de pesquisa deva obrigar-se a traduzir todas as teses e artigos que venha a produzir ou, captados alhures, divulgar. Entende-se que haja muitos documentos, resultantes de teses e dissertações, produzidos no âmbito das atividades de tais órgãos, ou importadas de outro sítio, que não mereceriam tal obrigatoriedade-, explica Eduardo Azeredo em seu parecer.

A justificativa de Mercadante para apresentar seu projeto, que recebeu o número 225, de 2003, é evitar que documentos divulgados pelos órgãos da União na Internet estejam apenas em língua estrangeira, o que dificulta o acesso de tais conteúdos pela população que não tenha acesso a essas línguas.

Também está na pauta da CE, que reúne 55 itens, o parecer do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) favorável ao projeto nº 182/2003, de autoria do senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC), que veda a publicidade de bebidas alcoólicas nos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens e nos serviços de televisão por assinatura.

O projeto de Geraldo Mesquita também modifica a definição de bebida alcoólica. Se aprovado, todo líquido potável que possuir qualquer teor de álcool passará a ser considerado bebida alcoólica. A legislação atual considera alcoólicas apenas as bebidas potáveis com teor de álcool superior a 13 graus Gay Lussac. Dessa forma, atualmente estão isentas de restrições a propaganda de cervejas e da maioria dos vinhos e coquetéis.



15/08/2003

Agência Senado


Artigos Relacionados


Em 90 dias, órgãos públicos não poderão ter documentos somente em língua estrangeira na internet

Projeto de Crivela impede a exigência de língua estrangeira em concursos públicos e vestibulares

Documentos em língua estrangeira deverão ser traduzidos para o português

Cartilha vai orientar órgãos públicos na divulgação de informações

CPI da Segurança analisa divulgação de documentos do jogo do bicho

Capiberibe defende divulgação na internet da folha de pagamento dos órgãos públicos