PFL SE DEFINE COMO PARTIDO SOCIAL-LIBERAL



Ao divulgar o documento definindo a política social de seu partido, o PFL, o senador Francelino Pereira (MG) enfatizou sua recusa ao rótulo de neo-liberal. "Não somos neo-liberais, políticos que acreditam apenas no mercado como poder regulador de uma sociedade. Somos sociais-liberais, porque queremos o mercado apenas como sustentáculo da economia, com o governo levando adiante uma política social que valorize cada indivíduo e diminua as desigualdades sociais".

O ideário do PFL, segundo Francelino, define o homem como o principal destinatário de qualquer política governamental. "Não queremos ver relegada a um futuro incerto e distante a redução das desigualdades sociais, nem podemos ter o mercado a definir os rumos do país. O social-liberalismo expresso no documento defende a construção imediata de uma sociedade justa", afirmou.

O senador mineiro anunciou que a Executiva do PFL esteve ontem (02)com o presidente Fernando Henrique Cardoso, no Planalto, expressamente para entregar-lhe um exemplar. "O documento destaca que o multipartidarismo caótico vigente no Brasil não favorece a democracia. Ela precisa assentar-se em partidos poucos e fortes. A economia de mercado deve induzir aodesenvolvimento,mas sem esquecer o acesso de todos ao patrimônio da Nação".

Em aparte, o senador Ramez Tebet (PMDB-RS) comentou que a sociedade rotula os partidos políticos não pelos documentos que publicam, mas pelas ações concretas de seus líderes. "É claro que não estou falando do PFL, mas, em muitos partidos, o estatuto define diretrizes e seus integrantes agem de maneira totalmente diferente. Por isso, é salutar ver o PFL divulgando um documento que pode contribuir para a reforma político-partidária do país".

Por sua vez, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) aproveitou a divulgação da política social do PFL para defender seu projeto abrangente de renda mínima. "Foi uma pena que FHC tenha demorado tanto para regulamentar o modesto projeto de renda mínima, ligado à educação, que o Congresso aprovouainda no ano passado. Por restrição imposta pelas eleições, esse programa, tão insuficiente, somente será implementado pelo próximo presidente, eleito no dia 4 de outubro", concluiu.



03/06/1998

Agência Senado


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