PMDB esteve com o governo durante a crise, diz Sarney
Indagado nesta quinta-feira (9) sobre o fato de o vice-presidente da República Michel Temer ter sido informado sobre a substituição do ex-ministro chefe da Casa Civil Antonio Palocci somente meia hora antes de sua divulgação oficial, o que teria gerado insatisfação do PMDB, Sarney disse que a decisão foi tomada em "momento de crise", o que justificaria a falta de tempo para articulação. Ele também elogiou a atuação do partido durante a crise que levou à saída de Palocci do governo.
- Nós nos conduzimos muito bem na crise que o governo atravessou. Todo PMDB esteve unido ao lado do governo, ao lado da presidente Dilma e aceitando as decisões que ela tomava - assinalou.
Sarney não quis se pronunciar sobre possível saída de Luis Sérgio do ministério das Relações Institucionais, mas considerou que, com a saída de Palocci, haverá um redesenho no governo.
- Essa é uma decisão da presidente. Se Palocci era quem coordenava a parte política, ela vai ter que dar uma substituição a essa função (coordenação política). Não acredito que a presidente possa abrir mão de ela mesma coordenar a política. A presidente é insubstituível nessa parte de coordenação política e tomada de decisões.
Battisti
Sarney comentou ainda a decisão do Supremo Tribunal Federal de recusar a extradição de Cesare Battisti para a Itália. Por seis votos a três, o Supremo recusou nesta quarta a extradição do italiano, que atuou em organizações terroristas nos anos 70 e foi condenado por quatro homicídios em seu país. O STF confirmou assim a decisão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adotada no final de dezembro passado. O tribunal também decidiu pela libertação de Battisti, detido no Brasil há quatro anos.
- Acho que decisão do Supremo, como toda decisão da Justiça, a gente deve cumprir. Naturalmente, entregamos a ele [o Supremo] ser o guardião da Constituição, portanto temos que aceitar sua decisão - assinalou Sarney.
09/06/2011
Agência Senado
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