PPB e PFL estudam coligação





PPB e PFL estudam coligação
PPB e PFL discutem na próxima semana as afinidades dos programas de governo que defendem para o Estado. O presidente regional do PPB, Celso Bernardi, pré-candidato à sucessão de Olívio Dutra, declara “o desejo de ter o PFL como vice” e reconhece o deputado Germano Bonow, presidente estadual do PFL, “como um ótimo nome”.

A aproximação das duas legendas foi debatida em reunião dos dirigentes partidários com o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, que também abordou a disputa presidencial do próximo ano.

Bonow ressaltou que “a articulação no Estado deve considerar o cenário nacional, as posições das candidaturas à Presidência da República da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), e do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes”.


Servidor protesta contra defasagem salarial
As comemorações da III Semana do Funcionário Público Estadual, aberta ontem pelo governador Olívio Dutra, dividem espaço com a frustração salarial declarada pelo magistério e por técnicos-científicos do Rio Grande do Sul. A cerimônia de lançamento do convênio entre a Secretaria da Habitação e Caixa Econômica Federal, que prevê desconto em folha para aquisição de moradia, e da II Fase do Portal do Servidor Público, também foi palco para o protesto dos técnicos-científicos.

Durante o ato realizado em frente à Secretaria de Educação, os servidores apelaram ao governador pela retomada das discussões salariais.
A diferença entre as duas categorias, que no conjunto somam mais de 107 mil servidores, é que o magistério teve os rendimentos corrigidos duas vezes durante a atual administração e os técnicos continuam excluídos das negociações. Em comum, ambos reclamam defasagem salarial.

“O problema do reajuste de 25%, concedido este ano, é que foi parcelado. Para repor as perdas precisaria haver medidas complementares como a incorporação integral do abono, e não de apenas 20%, e a redução de prazos para o pagamento do índice”, diz a presidente do Centro dos Professores do Estado (Cpers/Sindicato), Juçara Dutra Vieira.

Sem aumento há seis anos, os 7.504 técnicos-científicos do Estado ainda aguardam que o Executivo retome a discussão salarial, suspensa no final de junho. As intervenções do líder do Governo na Assembléia Legislativa, Ivar Pavan, da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, e a audiência pública realizada em setembro pela Comissão de Serviços Públicos não garantiram a evolução das tratativas sobre a reposição de 52,15% e nem o agendamento de encontro com o governador, como pretendia o Sindicato dos Técnicos-Científicos do Estado.

“Não há sincronia ou transparência no Governo, que reconhece as distorções salariais, mas divulga pela imprensa que não dará aumento neste ano, deixando de avançar no diálogo com a categoria”, afirma a presidente do Sintergs, Nadja de Paula. Ontem, os técnicos-científicos entregaram uma carta a Olívio, buscando reaproximação com o Executivo.
“A reivindicação dos servidores é legítima e eles devem apostar na reeleição do Governo, porque assim terão chances de ser atendidos”, avaliou Bohn Gass.


Geodex e Pegasus ligam Porto Alegre em rede nacional
Duas empresas de São Paulo completam no próximo mês a ligação de Porto Alegre à sua rede nacional de cabos de fibra óptica, usados para transmissão de dados. A Pegasus Telecom e a Geodex Communications do Brasil, fundadas há menos de três anos, investiram, cada uma, mais de R$ 400 milhões para montar redes que interligam o Rio Grande do Sul e o Centro do País.

A estimativa dos empresários de telecomunicações é de que o mercado de transmissão de dados movimente mais de US$ 7 bilhões neste ano, com crescimento médio de 28% a partir de 2002.
Hoje a principal fonte de renda das empresas do setor é a transmissão de dados para clientes corporativos. A rede de fibra óptica é usada para interligar operadoras de telefone, bancos e grandes indústrias. Com a abertura do mercado - projetada para 2003 pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) - as redes de fibra óptica também poderão ser usadas para ligações de longa distância, como alternativas aos satélites da Embratel e da Intelig.

A Pegasus Telecom investiu R$ 450 milhões para montar a rede de cabos de fibra óptica que interliga 31 cidades brasileiras, entre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro. No próximo mês, a Pegasus completa a ponta sul da sua rede. Para instalar cabos de fibra óptica de Curitiba a Porto Alegre, ao longo das rodovias BR-101 e BR-290, foram aplicados R$ 120 milhões. Em Porto Alegre, a Pegasus já possui uma rede urbana de 50 quilômetros, interligando as principais avenidas da cidade.

“Porto Alegre é um ponto estratégico para a empresa, pois há muito tráfego de informações da Capital gaúcha para o resto do País”, diz o vice-presidente de marketing e vendas da Pegasus, André Tostes. “Além disso, a cidade funciona como uma porta de entrada para a Argentina e o Mercosul.”

Com suas operações no Sudeste e Centro Oeste, ela já atende 250 clientes, entre eles a Brasil Telecom e a Telemar. Fundada em 1999, a Pegasus estima uma receita de R$ 100 milhões neste ano. Em 2002, com o crescimento do mercado, a previsão é faturar R$ 210 milhões.

A Geodex Communications do Brasil oferece aos seus clientes, a partir de novembro, uma rede de 8 mil quilômetros de Belo Horizonte a Porto Alegre. Ela está concluindo a instalação de fibra óptica de Curitiba a Porto Alegre, ao longo da ferrovia da América Latina Logística (ALL). A Geodex já aplicou US$ 80 milhões. O plano de investimentos prevê investimentos de US$ 200 milhões durante cinco anos.

A Geodex está negociando com a Intelig e a Impsat o uso combinado das redes de telecomunicações. O objetivo é oferecer a transmissão de dados por fibra óptica de Fortaleza a Buenos Aires, passando por todas as principais cidades brasileiras. A expectativa da empresa é faturar US$ 7 milhões no próximo ano, com crescimento anual de 30% da receita.


Aeromot exporta para os EUA
A Aeromot, de Porto Alegre, venceu a canadense Diamond, um dos braços da Bombardier, na concorrência para fornecer motoplanadores à Academia da Força Aérea dos Estados Unidos (Usafa) de Colorado Springs, no oeste daquele país.
O negócio envolve US$ 3 milhões na compra de 14 motoplanadores AMT-200S Superximango, o mesmo modelo em que o piloto Gerard Moss completou recentemente a volta ao mundo. As aeronaves serão entregues a partir de janeiro.

“Além do reconhecimento da tecnologia e da qualidade num dos mercados mais desenvolvidos em aeronáutica do mundo, a venda veio em uma hora de baixa demanda devido ao cenário de conflitos com terroristas”, disse o presidente da Aermot, Cláudio Barreto Viana.

O empresário explicou que depois do atentado do dia 11 de setembro, o vôo em aviões pequenos se tornou muito restrito nos Estados Unidos pelo maior controle do espaço aéreo e a exigência de que as aeronaves façam as mesmas rotas dos aviões comerciais. “Como os planadores da Aeromot são utilizados para lazer ou treinamento, as encomendas simplesmente pararam”, comentou Viana.

Os negócios com a Academia da Força Aérea norte-americana, e a previsão de venda da aeronave de treinamento Guri para o Departamento de Aviação Civil (DAC) estão nutrindo boa expectativa de resultado para empresa em 2002.

Para manter a rentabilidade, a Aeromot precisa produzir de duas a três aeronaves por mês. Neste ano, a produção mensal ficou em apenas uma unidade. A projeção é que no ano que vem o faturamento do grupo, composto pela indústria mecânico-metalúrgica, de componente aviônicos e a holding Aeromot Aeronaves, chegue a US$ 30 milhões - o dobro do previsto para este exercício.

O novo modelo que está sendo homologado, o Guri, pode render novos negócios com os Estados Unidos por ser utilizado na instrução de pilotos. “A diferença em relação ao Ximango é que as asas são curtas, indicadas para treinamento”, disse Viana.
Os 16 motoplanadores comprados pela Usafa serão utilizados na filtragem inicial de pilotos em aprendizado e na travessia de costa a costa dos Estados Unidos, um dos métodos de aperfeiçoamento das técnicas de vôo. “A travessia é um exercício importante porque o piloto tem que voar sob diferentes condições climáticas”, comenta.

A Aeromot já exportou 30 aeronaves para os Estados Unidos. De acordo com o Viana, a vitória desta concorrência internacional traz um enorme prestígio para o grupo gaúcho e mais facilidade para conquista de outros mercados. “De forma geral os compradores de aeronaves são muito exigentes, e para a Usafa fechar negócio com a Aeromot, os motoplanadores foram amplamente testados por profissionais qualificados”, ressaltou o empresário.


Sinduscon-RS aponta estagnação e reclama crédito para moradia
A indústria brasileira da construção tem condições técnicas e tecnológicas para construir moradias com qualidade, e há demanda no mercado brasileiro para milhões de unidades habitacionais. O que não existe é financiamento à disposição dos interessados, os bancos não disponibilizam recursos com juros compatíveis e o Governo Federal não atribui ao setor a prioridade que ele merece.

A opinião é do engenheiro e empresário Pedro Tedesco Silber que assumiu ontem a presidência do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon), em substituição ao engenheiro Paulo César Brasil do Amaral.
Ele comentou que embora tenha crescido um pouco em relação ao ano passado, o setor terá este ano um aumento de apenas 0,4% em relação a 2000, enquanto o déficit habitacional continua crescendo e já é de 450 mil unidades no Rio Grande do Sul.

“Considerando-se que no ano passado o Índice de Atividade da Indústria da Construção Gaúcha registrou um tímido crescimento de 0,27%, em 1999 houve queda de 0,5% e em 1998 o crescimento foi de apenas 0,71%”, ressaltou Tedesco, “constata-se que há, na verdade, um quadro de estagnação da indústria da construção civil gaúcha. Desde o final de 1997, o nível de atividade do setor vem andando de lado.”

O novo presidente do Sinduscon salienta que o setor, pelo que representa em termos empresariais e sociais, não merece o tratamento que recebe do governo. O PIB da indústria da construção no Estado representa R$ 3,5 bilhões, correspondentes a 5,2% do PIB gaúcho.

O setor emprega 73.468 pessoas, sendo o maior fator de aproveitamento de mão-de-obra pouco qualificada. Em seu discurso de posse, na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Pedro Tedesco Silber lembrou palavras de seu avô, Ruy Tedesco, quando era presidente do Sinduscon, em 1963. Naquela oportunidade, o empresário afirmou que “as estatísticas nos estão demonstrando que o continuado aumento do custo de nossas construções as estão colocando fora do alcance econômico e financeiro do nosso povo. A oferta abundante de mão-de-obra já nos sugere haver-se o problema transferido do campo industrial para o social”.

“Portanto - concluiu Pedro Tedesco Silber - a construção civil não é um problema econômico. É, na verdade, uma solução social. Tudo que se fizer pelo setor, estará sendo feito pela sociedade.”


Colunistas

NOMES & NOTAS

Estratégia
A Fiergs e a Ulbra uniram-se para promover nos próximos dias 8 e 9 um curso de especialização sobre estratégia e regulação de serviços públicos. O evento reunirá especialistas nacionais e internacionais para debater a regulação de serviços públicos nas áreas de gás e petróleo, rodovias, telecomunicações, água e saneamento e energia. Para o coordenador do Conselho de Infra-Estrutura da entidade da indústria, o Estado não tem mais condições de bancar investimentos de infra-estrutura, do que decorre sua transferência para a iniciativa privada. Mas, o setor precisa de quadros especializados para conduzir esses serviços e é esse segmento que o seminário quer atender. Além do seminário, a Ulbra ministrará, ainda com apoio da Fiergs, um curso MBA sobre a condução de serviços comissionados.

Saneamento
Nesta semana será apresentada a versão final da lei que pretende tirar a concessão dos serviços de saneamento dos municípios, hoje assegurada pela Constituição Federal.

Fellow gaúcha
Fernanda Giannasi é a nova fellow do Collegium Ramazzini, na Itália. Ela é a primeira latino-americana a galgar uma posição nessa academia composta de 180 cientistas das áreas de saúde ocupacional e ambiental. O trabalho que a credenciou para o cargo foi sua dissertação sobre o perigo do uso do amianto.

Unidão no domingo
O Unidão Supermercados teve um resultado positivo com a estratégia de abrir suas portas aos domingos em parte de suas 19 lojas no Vale dos Sinos e na Serra gaúcha. Ficam abertas as lojas de São Leopoldo, São Francisco de Paula, Novo Hamburgo, Canela, Sapiranga, Campo Bom, Ivoti e Gramado. A empresa opera nas cidades onde a legislação o permite.

Partidos brasileiros
O instituto Teotônio Vilela e a Ulbra estão promovendo um seminário sobre o sistema partidário na consolidação da democracia brasileira. A idéia é identificar os problemas dos partidos políticos brasileiros, buscando alternativas para a produção de um sistema pluralista e competitivo com partidos capazes de assumir o governo.
Exigência ilegal
Será obrigatório a partir do próximo dia 31 uso do cartão integrado de Emissão de Cupom Fiscal. Por isso, os lojistas devem autorizar as administradoras de cartão de crédito a repassar os dados sobre sua movimentação de venda para a Receita Federal secretarias estaduais da Fazenda, sob pena de penalidades e multas. Para a advogada da Proconsumer, Naila Gonçalves Lopes, a decisão é abusiva e ilegal. “A quebra de sigilo bancário somente poderá ser decretada, quando houver a necessidade de apuração de ocorrência de qualquer ato ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial”, afirma.

Cães por homens
Sérgio Magalhães do Centro de Treinamento de Arroio Grande vem demonstrando em exposições rurais o desempenho de cachorros adestradores de ovelhas e gado em geral. Ele mesmo substituiu há seis anos, em sua propriedade de 340 hectares, o trabalho do homem no campo por tais animais. “Um cachorro treinado substitui quatro homens”, esclarece.

Remate Quiri
Será realizado depois de amanhã o remate anual da Agropecuária Quiri, na programação da Farm Show 2001, realizada em Dom Pedrito. Participam 60 touros Angus, 25 Red Angus e 35 Aberdeen Angus todos de dois anos, com destaque para seis reprodutores PO e 25 exemplares com dupla tatuagem.

Cinto apertado
O Orçamento do Trensurb de Porto Alegre, neste ano, é de R$ 35,4 milhões. Até setembro, foram executados R$ 5,2 milhões. O saldo é de R$ 27,5 milhões. Os números foram mostrados pelo presidente do Trensurb, Pedro Bisch Neto, ao ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, que pediu as informações para repassá-las ao presidente da República, durante a inauguração do Salgado Filho. “Isso demonstra que as restrições aos gastos na área federal estão muito fortes, que o cinto está apertado”, informou.

Reforma já
A campanha Construção e Reforma Já, promovida pelas Associações dos Comerciantes de Materiais de Construção e dos Representantes Comerciais de Materiais de Construção do Estado será veiculada a partir de hoje. As lojas oferecem crédito com as menores taxas de juros do mercado.

No dia-a-dia
Victor Faccioni, hoje conselheiro do Tribunal de Contas, diz que o carvão brasileiro, uma das riquezas inexploradas do Rio Grande do Sul, poderá ter a sua vez. Está sendo regulamentada a decisão do governo federal de estender ao carvão os incentivos criados para o uso do gás como energia.

A Sisnema realizará no próximo dia 30 palestra sobre a facilidade de se conseguir emprego quando se é certificado pela Microsoft, Novel, Oracle, Citrix, Cisco, Linux e Macromedia.

O aeroporto de Porto Alegre é o primeiro no Brasil a adotar a nova sinalização padrão criada pela agência Seragini Farné de São Paulo de acordo com a Infraero e desenvolvida pela Huly Luminosos

Jorge Gerdau Johannpeter receberá o título de Sócio Honorário da Câmara Rio-Grandense do Livro na cerimônia de abertura da 47ª Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorrerá na próxima sexta-feira.

A proposta do governo estadual, de alteração das alíquotas do ICMS, será analisada hoje em reunião extraordinária do Conselho de Representantes da Fiergs. A entidade solicitou pareceres das assessorias econômica e jurídica e do Conselho de Assuntos Legais, Tributários e Fiscais para embasar as discussões.


Topo da página



10/23/2001


Artigos Relacionados


Uma coligação de dúvidas

PPB e PSDB não farão coligação

PT e PL negociam os termos da coligação

CCJ vota fim de coligação em eleições proporcionais

Vai ao Plenário fim de coligação em eleições proporcionais

Arraes e Humberto analisam coligação