Presidente da CPI lê nota da Aeronáutica sobre desaparecimento de bens de vítimas



O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, senador Tião Viana (PT-AC), leu nesta quarta-feira (8) nota em que o Comando da Aeronáutica "lamenta e repudia" a possibilidade de haver militares envolvidos no desaparecimento de pertences das vítimas da queda do avião da Gol em 29 de setembro de 2006, acidente em que 154 pessoas morreram.

De acordo com a nota, a equipe de resgate se concentrou na busca por sobreviventes. Depois procurou corpos e, por último, investiu na recuperação de bagagens e cargas. As buscas duraram 49 dias em condições adversas, no meio da mata. A nota destaca que além dos militares havia na região índios, mateiros e jornalistas.

Os pertences recuperados foram trazidas primeiro para o Instituto Médico Legal de Brasília e, em seguida, entregues aos familiares, de acordo com a nota da Aeronáutica. O documento considera as notícias sobre desvios dos bens uma "falta de respeito e consideração" com os que participaram das buscas e enaltece "os verdadeirosheróis que trabalharam de forma anônima" no resgate.

Tião Viana considera ser um dever da CPI prestar reconhecimento histórico à Força Aérea Brasileira pelo trabalho realizado na recuperação das vítimas do acidente e também por diversos serviços prestados na Amazônia e em todo o país. O senador acha que houve "precipitação" na forma como foram divulgadas as notícias do desaparecimento dos objetos das vítimas.



08/08/2007

Agência Senado


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