Presidente da CPI reafirma que origem do dinheiro que seria usado na compra do dossiê é criminosa



O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), reafirmou nesta manhã acreditar que é criminosa a origem do dinheiro - R$ 1,7 milhão - que seria utilizado para comprar o dossiê com supostas acusações contra o governador eleito de São Paulo, José Serra, e o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Biscaia havia feito tal afirmação, após reunir-se com o delegado Diógenes Curado, na Polícia Federal, em Cuiabá.

- Não tenho a menor dúvida de que o dinheiro é de origem ilícita. Alguém que tem recurso lícito vai ter um milhão e setecentos mil reais em casa? Não sei se é de sonegação, de caixa dois, de corrupção, de jogo do bicho ou de tráfico de drogas, mas é de origem criminosa - afirmou Biscaia.

O presidente da CPI comunicou que recebeu da Polícia Federal, nesta segunda-feira, em Cuiabá, um CD com informações sobre o episódio do dossiê. No entanto, como informou Biscaia, a CPI não tem condições de fazer a comparação dos dados de forma precisa. Ele explicou que o processamento das informações é um processo demorado e que exige tecnologia aprimorada.

A PF já está realizando os cruzamentos dos dados e o trabalho de investigação já está avançado, disse o deputado. Biscaia ressaltou que o que o juiz da 2ª Vara Federal de Cuiabá, Jéferson Scheneider, pediu à Polícia Federal, que antes do segundo turno das eleições, seja apresentado o relatório sobre a origem do dinheiro que supostamente seria usado para a compra do dossiê.



17/10/2006

Agência Senado


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