Presidente da Petrobras diz que empresa negociará com grevistas, mas sem concessões a mais por trabalho em feriados
Ao ser abordado sobre a greve de funcionários da Petrobras, em audiência no Senado, nesta terça-feira (24), o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, adiantou que a companhia mantém disposição para negociar, mas adiantou que a proposta de pagamento de novo adicional por trabalho em regime especial de turno, em dias feriados, está fora das possibilidades. Segundo ele, a lei impede concessões extras além das que já são previstas para esse caso.
A greve, iniciada nesta segunda-feira (23), conta com a adesão de diversas unidades da empresa no país e alcançou também a plataforma P-34, no campo de Jubarte, a primeira na chamada área do pré-sal, onde estão as maiores reservas já identificadas no país. Os trabalhadores querem ainda aumentar a participação sobre os lucros e a revisão da política de segurança e meio ambiente.
Autor da pergunta sobre o tema, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do PT na Casa, disse que as reivindicações dos trabalhadores são legítimas, mas salientou que eles não podem esquecer que "o país e o mundo passam por uma crise ".
Concursos
Apesar do quadro de crise, Gabrielli afirmou que a estatal não vai sustar contratações de aprovados em concursos já realizados e ainda em período de validade. Segundo ele, a Petrobras não pode funcionar com a atual força de trabalho, por conta de sua participação no mercado e, ainda, em razão de sua política de investimentos - com inversões da ordem US$ 30 bilhões por ano, entre 2009 e 2013.
Depois de observar que a estatal ficou cerca de dez anos sem fazer concursos, só retomando as contratações em 2001, ele disse que, atualmente, mais de 40% dos funcionários na ativa contam menos de oito anos na empresa.
24/03/2009
Agência Senado
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