Virgílio diz que PSDB não negociará mais com o governo



"A hora é de corte de gastos e o governo prefere o confronto. Teria o nosso respeito, na primeira hipótese. Terá a nossa luta, na opção que fez. O PSDB não negociará mais com esse governo". A declaração é do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), a respeito do pacote de aumento de impostos anunciado pelo governo federal na quarta-feira (2) como medida para compensar os R$ 40 bilhões que deixará de arrecadar por ano com a extinção da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).
Em nota divulgada à imprensa, Arthur Virgílio lembra que o governo havia assumido o compromisso com os partidos de oposição de que não editaria nenhum pacote tributário e nem substituiria a CPMF por um tributo similar, mesmo com nome diferente. Também foi prometido, acrescenta o senador, aguardar até fevereiro para discutir a "intensidade e a qualidade" dos cortes orçamentários, com o objetivo de garantir a manutenção de recursos para investimentos infra-estruturais e sociais.
"A decisão de descumprir o acordo feito conosco não surpreende e nem decepciona. Infelizmente, o PSDB já sabia que ia ser assim. O governo desmoralizou o ministro José Múcio (das Relações Institucionais), desgastou as lideranças do Senado e terá sérios percalços na discussão da peça orçamentária deste ano", acrescenta o líder do PSDB.

04/01/2008

Agência Senado


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