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- Não conheço o inteiro teor do discurso do presidente. Aqui e acolá, o presidente Lula tem seus desabafos, mas não acho que isso chega a comprometer o relacionamento entre os três Poderes - disse o presidente do Senado.

De acordo com Garibaldi Alves, às vezes, a pessoa faz uma crítica esquecendo que também cometeu os mesmos pecados agora apontados nos outros. Em sua opinião, isso pode acontecer com o presidente Lula e com qualquer político, porque o que cabe a cada um é ter cautela para não incorrer na imprudência expressa no lema "faça o que eu digo e não o que eu faço".

Garibaldi Alves também observou que a crítica à intromissão do Legislativo nas ações do Executivo é a última crítica que se poderia fazer ao Parlamento, visto que o Congresso tem legitimidade para recorrer sempre que se sentir atingido em suas prerrogativas.

A crítica do presidente Lula foi feita no lançamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste. Nesta semana, PSDB e Democratas ajuizaram no Supremo Tribunal Federal (STF) ação contra o programa Territórios da Cidadania. Durante a inauguração de um viaduto em Aracaju (SE), nesta quinta-feira (28), Lula disse que um poder não deve interferir nas ações do outro. E observou:

- Seria tão bom se o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele, o Legislativo apenas nas coisas dele, e o Executivo nas coisas dele.

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