Presidente do Sindicato dos Controladores diz que está satisfeito com condução da crise



Durante audiência conjunta de três comissões do Senado nesta terça-feira (21), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, disse que a categoria está satisfeita com a maneira como a crise no setor de aviação civil está sendo resolvida pelo ministro da Defesa, Waldir Pires.

- Fomos apresentados pela imprensa como os vilões da história mas, pela primeira vez, nós estamos discutindo nossos problemas em nível governamental. Temos muita confiança na forma com que o ministro Waldir Pires está administrando os problemas - disse Botelho.

O acidente com o avião da Gol em 29 de setembro precipitou os acontecimentos ao revelar problemas que vêm sendo enfrentados há anos. A partir do acidente, 32 controladores foram afastados e não havia efetivo suficiente para substituir os que saíram, informou Botelho.

- Após um acidente aéreo há necessidade de diminuir o ritmo de trabalho dos controladores para que o sistema faça uma análise do que aconteceu - disse.

Botelho relatou que, logo após o acidente, o ministro Waldir Pires lhe procurou para discutir o assunto. Ele disse ter apontado a carência de pessoal: "se tira do Rio e São Paulo para Brasília vai faltar lá, descobrindo outra parte do setor".

Para o presidente do sindicato, é necessário fazer com que a sociedade entenda que o objetivo dos controladores é a segurança dos vôos. O controlador é o elo que faz com que o sistema de segurança funcione, ressaltou.

Já o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Marco Antônio Bolonha, afirmou que o sistema de controle de vôo no Brasil está dentro da categoria 1 no conceito da organização mundial de controle da aviação. Ele disse que existem recursos, originados nas taxas pagas pelos próprios usuários, para resolver os problemas.

Ele observou que o sistema teve uma sobrecarga com um "crescimento chinês do setor". O setor se preparou para tarifas competitivas, integração de malha aérea, a melhor utilização do aviões. Emprega 35 mil pessoas e gera renda para 150 mil.



21/11/2006

Agência Senado


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