Presidentes do Senado e da Fiesp tratam de reforma tributária e de novas normas trabalhistas



A reforma tributária e as mudanças nas leis trabalhistas foram os principais temas abordados em encontro entre os presidentes do Senado, Ramez Tebet, e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, na manhã desta quarta-feira (17). Na audiência, o senador e o empresário conversaram também sobre a situação econômica do país e o cenário mundial.

Tebet informou que a questão da reforma tributária foi tratada com Lafer Piva por ser essa uma reivindicação antiga dos empresários nacionais.

- Nós tratamos de um assunto que interessa a todos. O país precisa de uma reforma tributária mais justa e que possa auxiliar no desenvolvimento das pequenas e médias empresas do país, que afinal de contas, respondem por 42% dos empregos do país. Eu penso que esse projeto, que ainda está na Câmara dos Deputados, é muito importante e nós temos que avançar nesse assunto, fazendo com que a reforma saia do papel - declarou o presidente.

Tebet disse também que a reformulação das leis trabalhistas foi tratada com Lafer Piva como instrumento capaz de alavancar a economia ao lado do incremento das exportações.

- Na prática, a legislação trabalhista brasileira já prevê maior flexibilidade nas relações patrão/empregado, mas se for possível melhorar ainda mais esses mecanismos para atender realmente os interesses de ambos os lados, nós vamos fazer isso - anunciou o presidente do Senado.

Para o presidente da FIESP, a conversa com Tebet foi positiva, pois foram abordados vários temas econômicos, visando a medidas que busquem a melhoria dos resultados das indústrias e empresas nacionais e ajudem o país a adquirir maior competitividade no mercado mundial. Essa visita é a sinalização de uma nova fase em que devem prevalecer o diálogo e a sensibilidade dos legisladores e do empresariado na busca de um caminho de fluidez das negociações que interessam a todos. A saída para o momento é priorizar a reforma tributária e fazer uma ofensiva exportadora muito forte, de forma a mostrar ao mundo que nos financia que nós começamos a atacar nossos pontos fracos - resumiu Lafer Piva, ao sair do encontro.

17/10/2001

Agência Senado


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